Ballet depois dos 20 anos – Parte I

Ballet. Tutus. Sapatilhas. Saltos. Um mundo que cria um certo fascínio nas pessoas. Uma aura distante. O ballet parece estar a milhas de distância de nós meros mortais.

Só que não.

Foi o que eu descobri nesses últimos meses quando decidi que já passava da hora de voltar a usar sapatilhas.

Depois de mais de 10 anos sem dançar absolutamente nada (movimentar os ombros numa boate não conta como dança), voltar pro ballet se mostrou não apenas um desafio pessoal mas também uma ótima maneira de manter a forma, aumentar a concentração e buscar um contato maior com a arte. Os desafios pra quem começa ballet depois dos 2o anos não são poucos, mas não são tão instransponíveis assim.

Os preconceitos e os medos de quem quer começar

Engana-se quem pensa que ballet clássico  é uma coisa leve e linda. (Okay, pode até parecer leve e lindo, mas pra chegar nesse efeito…) Eu acho engraçado quando comento com as pessoas que faço aulas de ballet e elas dizem: “As roupas são lindas! E é bom fazer uma coisa leve pra variar, né?”. Leve? Leve? Leve? Tá brincando, né? Ballet exige uma concentração e uma força absurdas (sério, já tentou erguer a perna sem dobrar o joelho o mais alto que você conseguir mantendo a coluna reta?), sem contar as exigências de equilíbrio e alongamento. E bem, para quem tem mais de 20 anos e a flexibilidade de uma árvore, o esforço é absurdo.

Como diz uma amiga minha: ballet não é para os fracos. E não é mesmo.

Não que seja impossível, claro. Uma das maravilhas do nosso corpo é que ele se modifica e um belo dia você descobre que consegue sim colocar a testa no chão durante um alongamento. Que consegue sim sustentar a perna num arabasque. Como tudo na vida, com treino e dedicação, a gente melhora.


Mas existe uma certa barreira na questão adultos e ballet. Muita gente ainda considera que ballet é coisa de criança e se que se você não começou a dançar com 2 anos de idade nunca mais poderá. Além disso, existem aquelas neuras que podem se resumir em:

  • – Sou muito velha.
  • – Sou muito pesada.
  • – Sou uma árvore!
  • – Minha mãe/ amiga/ cachorra/ passarinha/ periquita/ vizinha/ conhecida do Facebook acha que é uma bobagem.
  • Me disseram que vou demorar anos pra chegar na ponta, então não vale a pena nem começar.
  • A prima da amiga da minha tia disse que se não é pra ser dançarino profissional, não vale a pena fazer ballet. Não o tipo de dança pra ser um hobby.
  • Eu sou feminista e roqueira, ballet é coisa de menininha! Vou perder toda minha pose! O que eu faço?
  • Não tenho coordenação motora suficiente.
  • Nunca vou vestir um collant na minha vida! Vou parecer uma melancia na sacola!
  • E se alguém ficar sabendo?
  • A gente não tem que dançar de verdade, tem?

Acredite, existem outros como você.

Mas estranhamente (e felizmente) ballet adulto está em alta. Eu não sabia disso quando comecei, mas ao que parece faz uns dois anos que um grande movimento de alunas de ballet adulto começou a aparecer online. São na grande maioria mulheres de 20 a 40 anos que começaram a fazer ballet há pouco tempo e agora trocam figurinhas sobre o assunto. Existem vários blogs e comunidades na internet onde as “bailarinas dos mais de vinte anos”, como elas se chamam, trocam experiências, contam suas histórias e ajudam umas às outras. Então não, você não está sozinha na sua vontade de fazer ballet que bateu do nada aos 23 anos. Pra se ter uma ideia, teve matéria sobre o assunto até na Marie Claire e algumas revistas femininas até fazem propaganda de ballet adulto como a atividade perfeita pra ficar sarada. (não que revistas femininas devam ser levadas a sério)

Eu sou contra fazer coisas só porque está “na moda”, mas confesso que saber que existem outras pessoas na mesma situação pode ajudar a ter mais coragem.

Atualmente eu acompanho o blog Dos Passos da Bailarina que tem nada menos que mais de 3.600 seguidores. É isso mesmo. Um blog de dicas de ballet adulto tem esse monte de gente. Viu, você não está sozinha/sozinho no mundo! Eu gosto especialmente dessa blogueira porque ela leva o assunto a sério e, inclusive, faz pós em dança. Então as chances de informações erradas/estranhas é bem menor. Fora que ela sempre indica os vídeos mais legais. rs

O primeiro passo: Keep calm and ballet on

Eu falo assim, mas eu mesma fiquei super neurada quando decidi fazer ballet. Eu fiz ballet quando criança. Coisa de uns três anos, dos 8 aos 11, acho. Lembro que na época achava o máximo e me empolgava com as apresentações de fim de ano, quando a gente usava roupas super coloridas e bufantes. rs Depois fiz um tempo de jazz, mas parei com a dança de vez aos 12 anos. Aos 23, pensei que jamais conseguiria me adaptar novamente, mesmo que aquela pontinha de vontade de dançar de novo estivesse se tornando uma coisa gigante. São muitas coisas que a gente pensa. Velhos preconceitos, medo de errar, medo de aparecer, medo de não conseguir, medo de expor ao ridículo…

Eu lembro quando cheguei perto da professora lá da academia, super tímida, quase sussurrando que queria fazer ballet… Parecia um crime. Mas a resposta dela foi tão feliz e natural que eu até assustei. hahaha Fui numa aula experimental morta de medo mas no fim das contas me empolguei e decidi me matricular. É difícil? Pra caramba. Dói? Pra caramba. É divertido? Pra caramba!


43 Comentários

  1. Adorei o texto, Melissa! E não ficou grande não, li em um tapa!

    Pra começar meu comentário: ballet leve???? HAHAHAHAHAHAHAHA!! Leve é uma coisa que o ballet não é! Como você disse, ele parece leve, lindo e delicado, mas para chegar nisso, o treino é ultra pesado!

    Eu acho lindo ballet. E gosto de dança de uma forma geral, mas estranhamente, não gosto de dança de salão e algo que envolva duas pessoas, gosto de dança “individual”.

    E o engraçado é que passei também por um monte de questionamentos antes de começar a fazer dança do ventre, sabe. Tinha parado o karate, que é algo legal mas não estava me fazendo tão feliz, e ficava pensando que sempre tinha sonhado em fazer dança do ventre. Mas me achava muito velha, me achava muito pata, muito gorda, e etc. Além do que, tem o povo que ainda acha que dança do ventre é “coisa de p***” pela carga de sensualidade. Fico super brava com isso. Super, super mesmo. Um amigo meu chegou a falar que isso era uma “expressão vertical do que você faz na horizontal”. Desnecessário dizer que nunca mais dividi nada sobre isso com quase ninguém, porque não tenho paciência para ficar ouvindo m****. Dança do ventre é sim sensual, mas não é vulgar. E é muito mais do que sensualidade, é graciosa, feminina… enfim.

    Enfim, mas apesar de tudo fui fazer e amei mesmo. No começo me senti uma elefanta, porque meu corpo é desengonçado e meio grandão (tenho 1,72 e tenho a constituição meio larga, sabe… nada de muita cintura, pernas meio grandes, costas um pouco largas por causa de alguns anos de natação). Eu sou uma dessas que achava que dança é para pessoas leves, pequenas e delicadas, mas é mentira. Minha primeira professora era mais alta e maior do que eu, e dançava muito!! Essa que tenho agora é magra e pequena, e também dança pra caramba. É tudo questão de treino.

    Não ligo se nunca conseguir dançar como uma profissional. Muita gente diz que não vale a pena fazer dança se você não for ficar super boa, mas não é verdade. Outro dia, depois de praticar por 1 ano, pela primeira vez eu me olhei fazendo uma coreografia e achei que estava bonito. Demorou, mas e daí? Eu me diverti pra caramba no processo. E continuo não chegando nem aos pés da minha professora, mas percebo que a cada dia está ficando melhor. Sinto meu corpo solto, alguns movimentos leves… e dá uma alegria quando você finalmente sente que está conseguindo! Acho que é isso que conta.

    Muito legal esse “movimento” das mulheres de mais de 20 fazendo ballet. Na primeira escola onde fazia dança do ventre tinha ballet, e as turmas de iniciantes para adultos bombavam! Realmente tá na “moda”, mas acho que essa é uma moda boa. Te digo uma coisa, eu recomendo dança para todo mundo. Nunca fiz um exercício que me deixasse tão feliz.

    Eita, desculpe pelo comentário enorme XD. Parabéns pela determinação, Melissa!

    • Liége!

      Poxa, que bom que gostou. Eu achei que ia dar preguicinha de ler porque ficou gigantão…

      Que lindo sua experiência com dança do ventre! E eu acho um absurdo mesmo essa ideia de que dança do ventre é vulgar. Que isso, gente. Esse comentário de horizontal e vertical aí me deixou horrorizada. Quanto preconceito, hein? Eu acho dança do ventre super delicado e bastante complexo. Tem uns movimentos bem difíceis. Tem sensualidade sim, mas não é nada vulgar. Vulgar é rebolar numa música de funk. Uma das minhas colegas de balé também faz dança do ventre. Eu acho lindo demais!

      Quanto a dançar a dois, eu acho super difícil. Tem que ter muita sincronia. Meu noivo dança maravilhosamente bem dança de salão (principalmente samba) e eu tinha o maior trauma de dançar (como diz uma amiga minha, Deus não dá asa a cobra). Até que esse ano eu tomei coragem e resolvi deixar ele me ensinar. Eu peguei mais confiança depois que comecei a fazer balé. Meu equilíbrio melhorou muito, então agora consigo dançar a dois sem ficar caindo em cima da pessoa. Fui até num baile de dança de salão outro dia e dancei, fiquei tão feliz. hahahaha Agora botei na cabeça que quero dançar um tango no meu casamento. rs

      Eu acho que pra gente que começa mais tarde o progresso é mais lento mesmo, mas não significa que é impossível, né? Dança é uma arte maravilhosa e ajuda em um monte de coisas. Não só coordenação motora, equilíbrio e força mas também auto-estima, né? Nada melhor que ver o nosso progresso.

      Adorei seu comentário gigante! 🙂

  2. Mel,
    ADOREI O SEU POST!
    Concordo totalmente com tudo o que você escreveu. Eu fiz jazz quando eu tinha uns 6 anos, depois fiz um ballet no colégio que era super simples… E com 21 anos fui para a academia para fazer ginástica. Até que descobri que no mesmo lugar tinha jazz… Deixei a vergonha de lado, perguntei se tinha aulas para adultos, e comecei a fazer! A paixão foi tão grande que eu comecei a fazer também as aulas de ballet!
    E eu AMO, AMO, AMO DANÇAR! Realmente, tudo é mais difícil e as dores são maiores… Mas a felicidade de perceber cada avanço? Não tem preço! Minha coluna é OUTRA e não sinto mais dores por causa da postura errada, por exemplo.
    Eu não quero ser dançarina profissional: faço porque amo e é isso o que é importante. Minha professora acabou começando uma turma de aulas de ponta e eu fui uma das escolhidas para participar. Foi uma experiência ótima, mas eu sempre soube dos meus limites (assim como a professora). Fui uma das últimas a conseguir ter firmeza em largar a barra e fazer os exercícios do centro. Mas eu me lembro até hoje da felicidade de quando eu consegui!
    Como fazia em academia, a minha turma é meio um mix, e por isso tinham meninas mais novas. Mas mesmo com a diferença de idades, eu me divertia muito!!! Elas poderiam ser melhores no alongamento, mas nos ritmo do jazz, ninguém me batia hahaha! Ou seja: todo mundo tem seu ponto fraco e tem aquilo no que é forte!
    Agora tive que parar por causa dessa “temporada fora” e tenho que falar: sinto muito falta das aulas. Para você ter noção, um dia desses estava escutando músicas e tocou uma que a gente fez coreografia e eu comecei a chorar…
    O principal é o que você falou: deixar a vergonha de lado e DANÇAR!

    • Ah e esqueci de comentar uma coisa: BALLET É LEVE? VEM SENTIR AS MINHAS DORES ENTÃO HAHAHA!
      Quando eu comecei a fazer aulas de ponta, tinha dias que eu não conseguia subir a escada direito hahaha!

      • Eu quase tenho um ataque cardíaco quando alguém me diz que ballet é um troço leve. É gente que não tem o menor respeito pelo trabalho de dança, pra dizer o mínimo. Dá vontade de mandar esses bombadões da academia fazer uma sequência na barra e depois dizer se é leve ou não. affe!

        Eu ainda não subi na ponta, mas já fiz aulas que deixaram minha coxa dormente de tão dolorida!

    • Lany,

      Eu lembrei muito de você quando escrevi esse post. 🙂

      Sim, acho que é inegável que alunos adultos têm mais dificuldade. Principalmente quem era sedentário antes. Meu alongamento até que não é dos piores, mas eu não tenho força na perna então fazer arabesque e developpé é um suplício. Mas nada tira a alegria de fazer um movimento bem feito. E como você disse, é importante sabermos nossos limites: eu sou um traste quando o assunto é pirueta ou em qualquer coisa que tenha que erguer a perna alto por muito tempo. Mas também temos que ver que temos pontos fortes (eu sei que tenho um relevé muito alto e meu pas de burré é bonito). O importante é sabermos que com o tempo nós melhoramos. Temos que acreditar que também podemos e esse é o passo mais importante.

      E eu também faço na academia numa turma mix com meninas mais novas. Nessas situações, acho que o lance é não se comparar com elas. Não tem jeito, com 12 anos seu corpo se modifica muito mais rápido. É uma comparação muito injusta!

      Que todos venham dançar!!!!

  3. Mel!

    Minha mãe tava comentando comigo que o sonho dela era ter me colocado no ballet quando era pequena… Porque quando aprendi a dar os primeiros passos, andava de ponta de pé sempre. Até hoje eu sei andar assim, na verdade. rs Mesmo tendo pé 39/40…
    Também me acho velha pra voltar por vários motivos que citou! huahuahuahuahua Sou muito travada. E achei que nem deixassem fazer aulas sendo mais velha (olha como sou desinformada), daí nunca nem perguntei a ninguém!

    Mas se um dia eu puder, além de voltar pra academia – porque gosto de malhar, por incrível que pareça -, tentarei dançar. Agora coloquei ballet como possibilidade. Nunca havia pensado a sério nisso.

    Sobre o que a Liége disse de dança do ventre: sempre fui doida pra aprender como se dança direito! Acho lindo!
    Confesso que também gostaria de ter força pra encarar um pole dance. Acho fantástico ter tanta força pra sustentar o corpo e ainda fazer acrobacias daquele jeito só se apoiando num poste. Sem contar que é sensual.
    Claro, essas danças têm o estigma de “dança de puta”, assim como ballet parece coisa de criança ou de menininha fresca. As pessoas adoram atribuir defeitos a tudo.

    Eu não ligo pra opinião dos outros, Mel, sinceramente. Só acho que não tenho muita coordenação e graciosidade, por assim dizer. Árvore total até pra abraçar. xD

    Sobre ser moda, o máximo que vai acontecer é que quando passar esse período de “febre”, só quem queria mesmo fazer vai ficar. Não se preocupe. Visibilidade, se bem aproveitada, é um impulso ótimo, como você mesma disse. Serve como apoio, não nos sentimentos sozinhas. Eu, ao menos, sabendo da sua experiência, me senti mais motivada a refletir sobre ballet quando tiver condições de dançar.

    Beijos!

    • Nika,

      Poxa, fiquei tão emocionada de ler que você se inspirou no meu post! Menina, quando puder, não tenha medo e faça aulas sim. Eu também tenho pé grande (o meu é um 38/39 e tem a frente mega larga. Uma coisa de hobbit. rs), também não tenho muita coordenação e meus roxões pelo corpo contam da minha graciosidade (vivo esbarrando nas coisas). Inclusive, a dança ajuda a gente a se entender melhor com o corpo, sabe. Eu percebi que toda essa minha “falta de noção”, que sempre achei que era parte de mim, vem do fato de eu não conhecer meu corpo direito. Sabe aquela coisa de não prestar atenção nos músculos, no que eles fazem? Pois é. Ballet ajuda a gente a ter muita cosciência corporal e passamos a reparar melhor nessas coisas e consequentemente evitar acidentes. rs E se você tem facilidade de ficar na ponta do pé, é ótimo. Relevé não vai ser problema. hahahaha

      E sim, as pessoas vêem mesmo defeito em tudo e adoram rotular tudo e todos. Não tem jeito. Mas acho que o mais complicado é mesmo para os meninos que querem fazer ballet que sofrem muito com esses rótulos.

      A visibilidade é boa mesmo pra dar esse impulso. Ajuda muita gente a finalmente ter coragem de ir numa academia/estúdio de dança e perguntar. Antes, isso era impensável.

      bjs

  4. Que liiindo seu texto Mel. Nós, as senhoras da meia-ponta, ainda vamos abalar bangu, ce vai ver, hahaha…
    Me identifiquei muito com o seu texto, e sinceramente, tudo que vem com sacrificio, quando se consegue é mais gostoso.
    E me identifiquei tammbém com o que a Liége escreveu sobre dança do ventre. Danço a mais de 8 anos e, sempre que conto pra um homem, ele faz “Huuuuuummm…”, e faz uma cara de tarada… nuh, RAIVA define viu…
    bjos bunita

    • Que fofa que você comentou! Sim, nós vamos arrasar. Na verdade, já estamos arrasando… rs E nada verdade não dá pra aprender nada sem um sacrifício básico, né?

      Eu acho isso tão nojento. É um desrespeito com quem leva dança a sério.

      bjs bjs

  5. Olá Mel!

    Fiquei muito feliz com o que li em seu texto. Sempre tive vontade de fazer Ballet desde minha adolescência, porém por falta de condições de pagar aulas e principalmente preconceito de meu pai (acredite se quiser ele sequer me deixou fazer aulas de futebol), acabei não aprendendo. Trouxe dentro de mim este desejo quase secreto ao longo destes últimos 10 / 12 anos. Sempre soube que fazer Ballet requer muita disciplina e força de vontade, e tenho ambos de sobra (podemos dizer que sou até metódico demais).

    Recentemente, vi uma apresentação do Ballet de Londrina no Festival de INverno de Ouro Preto e Mariana e aquele meu sonho começou a me perturbar de novo. Ao ver as moças e os rapazes dando o melhor de si naquela apresentação fantástica, me fez novamente desejar intensamente aprender Ballet, mas aí me deparei com o preconceito (mas precisamente, o meu próprio) de idade. Tenho 22 anos e comecei a pensar que já estou velho demais pra isso, que não irei conseguir nunca ser um bom bailarino com essa minha “flexibilidade de árvore” (não consigo mais nem levantar a perna em um ângulo de 90° sem flexiona-la). Mas ainda assim decidi pesquisar, e… me deparei com teu blog!

    Talvez eu nunca vá ser um exímio bailarino como aqueles que praticam desde a infância, mas seu blog me inspirou a pelo menos tentar, dar o meu melhor para isso.

    Muito obrigado!

    • Rafael,

      Fico extremamente feliz em saber que meu post motivou você. Com certeza ainda dá tempo pra você começar. Talvez você não se torne um bailarino profissional, mas poderá realizar o seu sonho aprendendo ballet clássico. Preconceitos existem e acho que eles são maiores em relação aos homens, mas se você sente que deveria dançar, dance. Não tenha medo. Procure uma escola bacana (principalmente uma que tenha turmas para adultos) e comece. Flexibilidade e força você ganha com tempo e dedicação.

      🙂

  6. Melissa, ameeei ameiii o post

    morro de vontade de fazer mas com estudos e trabalho acaba que sendo muito corrido, pela experiencia que tem, acha que apenas aos sábados conseguiria pegar legal???

    • Oi Renata!

      Fico feliz que tenha gostado do post. Eu não vejo problema nenhum de fazer aulas aos sábados. O legal é alongar durante a semana, pra não chegar lá sábado toda “dura”. 🙂

  7. Ola, Melissa!!! Nem sabe como esse texto me deixou mais confiante, eu fiz ballet tb quando era muito pequena e dancei por mais de 10 anos sapateado e street dance e jazz… mas agora por um convite de uma das minhas amigas que fora bailarina classica e que tem a mesma idade q eu de voltar a fazer ballet resolvi aceita mas com o aceite veio um monte de neura… a primeira de tudo a nao estou em forma e outra cara nunca q vou conseguir algo… mas vou me concentrar bastante e me dedicar tenho ctz q vou conseguir ser muito feliz no Balllet obrigada pelas palavras!!!
    Ajudou e muito!
    Bjus

    • Oi Bruna!

      Fico feliz que meu post tenha te incentivado. Não desista. Com dedicação, a gente dá conta do ballet clássico sim. =)

  8. Oi, Melissa!
    Bem, primeiramente… Não, eu não sou bailarina. Segundo… Não, não estou pensando em fazer ballet. hahaha
    Sou uma jovem que escreve para o Wattpad. Já ouviu falar? É um site muito conhecido entre leitores e autores que podem postar seus livros ao público. Mas, enfim!
    Estou começando a escrever meu segundo livro para lá. “ADAGE”. Sobre uma bailarina. Anna.
    Não decidi nada sobre o roteiro ou o decorrer da história… Gosto do termo de “deixar rolar” quando escrevo.
    Como desconheço bailarinas – digo, como não conheço nenhuma pessoalmente – fico muito feliz ao encontrar sites como o seu que me deixam por dentro da vida de uma. Então, parabéns pela iniciativa 🙂
    Espero que nada mude o seu amor pela dança e principalmente pelo Ballet.
    Bjs.
    Mikaela.

    • Olá Mikaela,
      Conheço o Watppad sim e vou procurar pela sua história. 🙂 Adorei o título. O mundo do ballet é fascinante e ocmo tudo na vida tem seu lado bom ruim. Fico feliz em saber que pude contribuir com uma colega escritora.
      Sucesso pra você!
      abs

  9. Olá Melissa,
    Nossa me identifiquei muito com seu post, pois quero muito começar o ballet e estou em meus plenos 23 anos kkk… tbm já fiz jazz à alguns anos atrás e fico muito insegura em voltar a dançar, e com vergonha tbm! Mas vc me incentivou muito agora e tenho certeza que vou me matricular na primeira oportunidade! Obrigada! bjinhos.

    • Tuanny, não tenha vergonha. Voltar a dançar é muito bom! Procure uma escola que respeite você e que não veja sua idade como um problema. 🙂

      Boa sorte!

  10. Mel !
    Adorei o texto, voltei para o Ballet tem 1 ano! Fiz Ballet durante 10 anos e parei ( coisas da vida) voltei com tudo, sei que nunca é tarde para acreditar nos meus sonhos ! Quero muito poder me profissionalizar, e dar aulas, poder descobrir talentoe e realizar sonhos !
    Beijoos

  11. Oi Melissa. 🙂 Nossa, seu post ajudou muito. Eu realmente pensava que só era possível fazer ballet, se começasse desde pequena. Eu acho ballet fascinante, mas nunca fiz. Na verdade eu não danço nada, nada mesmo e minha flexibilidade é z.e.r.o, eu adoraria fazer ballet, mas já tenho 20 anos e fiquei pensando nos “e se”. Principalmente porque tenho um problema na coluna que ainda estou com resolvendo. Você acha que o ballet ajudaria ou seria pior pra mim?

    • Olá Isabela!

      Fico feliz que o post tenha sido útil pra você. Não se preocupe se você não tem experiência com dança ou flexibilidade, você ganha isso com o tempo.

      Quanto ao problema na coluna, consulte um médico antes, conversa com a escola de ballet que você vai estudar. Muitas vezes o ballet ajuda sim, mas é sempre bom perguntar. 🙂

  12. Olá Melissa!
    Nossas histórias são bem parecidas também comecei a fazer ballet quando era criança mas parei antes dos 12 anos, fiz jazz, frevo, dança de salão! E agora aos 23 anos resolvi voltar a fazer ballet! Gostaria de saber como é que está a sua flexibilidade se já consegue fazer as coisas direitinho!? O meu maior medo é nao recuperar flexibilidade que eu tinha 🙁

  13. Obrigada pelo texto. Esclareceu minhas dúvidas e me deixou confiante para tomar a decisão de que algum dia voltarei a fazer ballet.
    Eu fiz ballet quando era bem nova e foi por pouco tempo (por causa de problemas financeiros), mais tarde fiz jazz mas depois parei definitivamente com esse tipo de coisa. Sempre fui fascinada por essa dança, e o que estimulou bastante foi a Barbie haha
    Eu tenho uma pergunta meio tosca: ballet tira os seios, bunda e etc? Vejo bailarinas com corpos torneados mas nunca vi uma que tenha ” bastante ” seios ou algo do tipo.

    • P.S. Estou perguntando isso porque gosto muito dos meus seios e não quero perdê-los, não porque eu tenha algo contra o corpo das outras bailarinas

      • Te entendo totalmente. Então, seios realmente não perde. O que acontece muitas vezes é que meninas que começam a fazer ballet muito novinhas acabam desenvolvendo menos seios porque às vezes frequentam escolas que exigem um certo padrão de magreza (acontece o mesmo com as ginastas). Para nós, mais velhas, esse risco não existe. Quanto ao bumbum, ele fica mais torneado, perde aquela gordurinha indesejada. 🙂

  14. Que linda. Amei lê isso. Me ajudou bastante na decisão de fazer balé. Quando criança sai do balé pra fazer karatê. Desisti dos dois. Obrigada por me ajudar a reviver meu sonho. Dançava na igreja, mas pensei se Deus me deu o dom preciso aperfeiçoar e também queria mais técnicas porque dança teatral não é nada fácil sem técnica de como cair sem machucar… etc. Abraço Mel

  15. Eu nunca fiz aulas de ballet, mas sempre tive vontade, será que consigo com 20 anos de idade, apesar de não ter feito aula?

  16. Oi Mel… Li seu post e fiquei encantada e motivada. Tenho 26 anos. Sempre achei o ballet lindo! Sempre quis fazer, mas nunca consegui. Quando criança, meus pais achavam bobagem e nunca me colocaram pra fazer aulas, sem contar que sempre fui um pouco estabanada, então eu mesma me conformei que jamais poderia ser uma bailarina. Hoje tenho uma filha que vai fazer 3 anos e ela adora dançar (mas também é estabanada rsrs)! Vou matricula-la no ballet. Eu pensei em fazer também para dar a ela um incentivo, mas estava pensando exatamente nas coisas que você falou ali em cima: “Sou muito velha. Não tenho coordenação motora suficiente. E se alguém ficar sabendo?” Mas quer saber? Acho que vou tentar! Será que devo? Nossa estou super nervosa com isso! Queria tanto fazer algo legal assim com minha pequena! Seria o máximo! Me dá uma dica?

    • Faça sim, Micheli! Seria ótimo você compartilhar esse momento e atividade com a sua filha! Procure uma escola que ofereça turmas para mulheres adultas. Fazer aulas no meio das adolescentes muitas vezes nos deixa frustradas…

      • Comecei a fazer aula… faz um mês já… estou adorando… e infelizmente não consegui uma turma só de adultos, estou em meio à adolescentes magérrimas e totalmente flexíveis… mas isso não tem me incomodado muito não… pra ser sincera até me incentiva, sabe? Adolescentes muitas vezes são bastantes distraídos e despreocupados, então em alguns exercícios consigo executar mais rápido que os demais, pela capacidade de concentração. Claro que minha flexibilidade é muito inferior à das garotas da minha turma, mas estou notando que venho melhorando bastante. Está sendo uma verdadeira conquista pra mim cada centímetro a mais que consigo! Estou realmente feliz e satisfeita…

  17. Keren Patrícia Matias da Silva

    Texto muito bom…me deu força sabe tenho 20 anos e vou a uma aula experimental amanhã memso…😁

  18. Amei o post! Resolvi voltar a fazer balé um dia desses e agora estou viciada em conhecer mais e mais sobre o tema! Uma perguntinha: as suas aulas de balé duram quantas horas por semana? É porque to achando que as minhas são tão curtinhas…

  19. nossa que legal ler isso!
    sempre tive vontade fazer Ballet mas nunca tive condição quando era nova, e hoje com 20 anos quero muito fazer, acho que vou acabar arriscando

  20. ADOREI sei post! Tenho 13 anos, e queria começar a fazer ballet, mas tenho exatamente essas neuras… começei a dançar com sla uns 2 anos, parei com 5, começei a fazer jazz com 6 e parei aos 9; quero mt fazer ballet, mas não sei nem abrir um espacate!😂😂 Esse post serviu de inspiração, e vou conversar com minha mãe para ver se ela me matricula… uma mulher que me inspira é Misty Copeland, ela começou com minha idade eé uma das maiores bailarinas do mundo!😙😙

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