Um mês para escrever um livro – Final!

Okay, eu estou atrasada… * chuta alguma coisa * Outubro acabou, agora o povo tá surtando no NaNoWriNo e cá estou eu. Será que consegui cumprir a meta final e terminar o livro?

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TAM TAM TAM TAM!

Não terminei. Mas como disse a Karen Alvares, nem sempre dá pra fazer o que a gente quer com a escrita. Também fiquei bastante ansiosa com esse livro por ter uma temática adulta e mais pesada. Não que Metrópole: Despertar seja uma viagem ao mundo dos unicórnios, mas Apague as luzes quando sair toca em assuntos densos como relacionamentos abusivos, drogas, sexo, depressão e transtorno de ansiedade.

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E em alguns momentos eu parava numa crise criativa tipo: isso tá ficando uma grande merda?

Os quatro narradores do livro começaram a me deixar meio maluca e o resultado foi uma semana inteira sem escrever. Isso mesmo. Não, não foi exatamente um writer’s block. Eu estava triste, tava cansada, precisava de um tempo. E um livro com assuntos tão tensos não estava fazendo bem pra mim. Fora que eu queria que a coisa toda passasse no teste do tempo. Depois de uma semana longe voltei pra ler e não vomitei de desgosto. * imaginem a Paris aqui * Sinal para continuar.

Um trecho do livro pra vocês:

 

– Você está realmente falando sério.

Eu detestava quando as pessoas olhavam para mim daquele jeito. Como se eu fosse incapaz de falar alguma coisa que não fosse festas e pirações, como se eu fosse o cara drogadinho do filme adolescente que só tem um assunto.

– Pedais são coisas muito sérias – eu disse, abrindo um sorriso sem paciência – Tocar guitarra também.

– Ok ,então – Cris voltou a se concentrar na sua Fender, todo amuado, ah que coisa, o malvado do Dan tinha ferido seus sentimentos.

É por isso que emoções funcionam melhor quando viram notas de música e coisas se encaminham mais fácil no palco.

Ao todo foram escritas 29.347 palavras das 50 mil prometidas. O livro continua e deve ter mais ou menos esse tamanho. São 13 capítulos divididos em três partes: Fogo, Raiva e Cinzas.

Mais um trecho:

Deslizei os dedos pelo braço da guitarra. Aquele barulho raspante das cordas era mesmo uma porra muito doida.

Foi engraçado ver a cor sumir completamente do rosto de Cris. Ele era um cara alto e magro, loiro e de olhos azuis. Do tipo que se encontra na Argentina ou coisa assim. Com as bochechas rosadinhas de quem comeu bem a vida toda. Mas naquela hora ele parecia ter visto uma assombração.

Buh! Olha eu!

Dei um passo à frente, minha mão direita ainda escorregando no braço da Fender, meu quadril encostando no corpo da guitarra.

– Aposto que você pensou que eu estava muito drogado aquele dia. E é verdade, eu estava. Não vamos negar as verdades do passado… Mas sabe uma coisa fantástica que descobri na rehab? – deixei as palavras vagando alguns momentos no ar, como fumaça de cigarro – Que eu não esqueço nada do que faço quando tô drogado. Incrível, não é? O psiquiatra também achou. Lembro das coisas mais loucas: de ter pulado de um carro em movimento uns cinco anos atrás, de ter dado um soco na cara daquele merda de vocalista do Artoria, de ter usado heroína mesmo tendo medo de agulhas… e lembro de ter fodido gostoso com você no sofá daquele camarim.

Comecei a rir. Naquelas situações eu nunca conseguia me controlar mesmo.

Bem, agora é continuar escrevendo. Novembro tá aí pra isso, minha gente. E eu vou continuar aqui com minha playlist cada vez mais perturbadora. hahahaha

Prometo que dou notícia quando o livro acabar!

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Mãos à obra! (literalmente)

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