Um mês para escrever um livro! – Semana #3

O desafio de escrever um livro em um mês continua! Vocês podem acompanhar o início dessa empreitada que tive com a Karen Alvares aqui. A semana do saco cheio chegou com uma promessa de poder deslanchar a escrita, mas trocentas coisas aconteceram. Uma delas foi um prazo super apertado para entregar meu projeto de doutorado!

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É, eu faço doutorado em Literaturas de Língua Inglesa na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e sim, isso é uma coisa séria. 31 de outubro não é só o prazo para terminar esse livro, mas também para terminar meu projeto final de tese! E além disso, tenho um seminário super difícil pra apresentar pra matéria “O Romance Inglês do Século XXI” (e sim, isso é uma matéria séria). Olha só que mês supimpa! #sqn Será que eu consegui bater a meta da semana?

Claro que não. Gente, quem em sã consciência entra num desafio literário nessas condições acadêmicas? Eu não tenho o menor juízo!

Dia 8: nenhuma palavra
Dia 9: nada
Dia 10: neca
Dia 11: 1415
Dia 12: 1599
Dia 13: nops
Dia 14: nadica de nada

Em minha defesa, o fim de semana dos dias 8 e 9 de outubro foi totalmente dedicado à Primavera Literária de Belo Horizonte, onde fiquei no estande da Editora Draco conhecendo leitores e autografando Metrópole: Despertar! E sim, o evento foi ótimo! Confere as fotos aqui.

Com uma leitora querida no estande da Draco antes de cortar o cabelo!
Com uma leitora querida no estande da Draco! Observem o corte de cabelo antigo.

Foram 3014 palavras das 12500 que eu tinha que escrever. É, o horizonte tá ficando meio cheio de nuvens agora.

Mas eu não estou exatamente triste. Consegui entregar o projeto para meu orientador e agora só estou esperando o feedback dele. Então na verdade estou com a impressão que escrevi muito porque foram 19 páginas de escrita acadêmica em inglês discutindo literatura nível hard. Inclusive, tive que ler um livro inteiro pra poder fechar o projeto (pra quem ficou curioso, foi On the Origins of Stories, do Brian Boyd).

Mas de volta ao meu livro. Afinal, tenho que contar um pouco dele pra vocês toda semana. Semana passada falei um pouco de como essa história nasceu, então agora vou falar um pouco das influências. Sim, música influencia muito a minha escrita (vocês podem conferir um pouco disso nesse post especial no blog da Draco aqui) e nesse livro que conta a história de músicos não poderia ser diferente.

A trilha sonora dessa empreitada de escrita é Revolution Radio, do Green Day. Não poderia deixar ser. Pra quem não me vê surtando no Twitter, sou fã doente dessa banda. Do tipo que coleciona trocentas fotos do Billie Joe Armstrong no Pinterest e sabe cantar tudo, enche o saco das pessoas, faz piada que ninguém entende e talz. O álbum saiu na semana passada e não consigo parar de ouvir. É foda, é lindo, ouçam, etc. E tem sim algumas temáticas em comum com o livro. Green Day é vida, Billie Joe é deus, etc. Inclusive, a epígrafe do livro (sim, temos uma epígrafe dessa vez!) é um quote do Green Day:

The traces of blood always follow you home
Like the mascara tears from your getaway

Viva La Gloria? (Little Girl)

Não é do Revolution Radio, mas da opera rock 21st Century Breakdown. O que isso quer dizer? Bem, especulem! hahahaha

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Mas voltando aos temas musicais do livro. Fico ouvindo RevRad (ah, aquele ponto de fangirling que a gente usa abreviações! rs) que nem doida, mas existem outras referências musicais no livro, não só com bandas, mas também com marcas de instrumentos musicais, alguma coisa de composição e, claro, referências a letras de música. Inclusive, se eu estivesse escrevendo em inglês, o título desse livro provavelmente seria “Burning Lights and Blackouts”, expressão que tá lá no RevRad.

Quanto ao título, vamos deixar pro próximo post…

Ah, e não esqueci! Eu tenho que pagar uma prenda por não ter cumprido o desafio! Mas eu e Karen decidimos que vocês é quem deviam escolher. O que a gente deve fazer dessa vez? Vale sugerir aqui no blog, no Twitter ou Facebook. Usem a imaginação e aproveitem!

Um comentário

  1. Ora, deviam gravar um vídeo cantando, já que o post foi tão musical! 😀

    P.S. admiro sua coragem de tentar o desafio desviando das balas da vida acadêmica. DE VERDADE.

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