Um mês para escrever um livro! – Semana #2

Escrever não é a inspiração divina que as pessoas pensam. Eu sempre digo que a inspiração acontece no momento em que você tem a ideia inicial; de resto é sentar em frente ao computador e trabalhar duro. Esperar a vinda da “musa” para escrever é a maior mentira que existe. São raros os momentos em que estamos realmente dispostos para escrever. Na maioria das vezes, é uma tarefa como outra qualquer. E se a gente não forçar, não sai.

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Tenso.

Na semana passada eu coloquei à prova essa noção (se você não conhece as regras do desafio literário clique aqui). Chegando do trabalho à noite, depois de um dia cansativo dando aulas, sentava em frente ao computador e escrevia. Nos dias de folga, revezava com com meus estudos para o doutorado (sim, ainda tem isso). Em alguns dias escrevi numa espécie de transe meio louco, eu tava tão cansada que nem sabia o que tava escrevendo, mas continuava, no dia seguinte eu ia com a cabeça mais descansada e revisava. Mas tem uma notícia boa: a história tá tomando forma!

 

É empolgante quando finalmente encontramos a voz de um livro e vemos que aquela ideia que tivemos tantos meses atrás é praticável em papel (porque às vezes descobrimos que não é rs). Esse é o primeiro romance que escrevo para o público adulto. Já escrevi A Última Tourada para crianças e Metrópole: Despertar para jovens e posso dizer que essa mudança de público é algo que me interessa. Gosto de desafios e de tentar coisas novas. Espero que vocês, leitores e leitoras, também.

Mas vamos ao que interessa: NÃO CONSEGUI CUMPRIR A META SEMANAL!

São ao menos 12500 palavras por semana e nessa primeira foram só 7222. #fail

Dia 1: nenhuma palavra
Dia 2: nenhuma palavra
Dia 3: nenhuma palavra
Dia 4: 1305 palavras
Dia 5: 2075 palavras
Dia 6: 1717 palavras
Dia 7: 2125 palavras

Assim como a Karen Alvares, meu problema é escrever nos fins de semana. São os dias em que coloco minha vida em dia em termos acadêmicos e sociais, além de, é claro, tentar descansar. A segunda-feira é impossível, isso já internalizei. Nesse dia tenho aula do doutorado a tarde toda além de alguns compromissos médicos pela manhã. Ainda viajo de volta pra cidade onde moro durante a semana e vou dormir mais de meia noite porque o ônibus chega tarde. Sem chance. Mas acho que se eu administrar melhos os finais de semana, posso conseguir bater a meta na próxima semana. Será?

Bem, e teve prendaaaaaaaaaaa!

zuera

E aí, Karen? Foto cortando cabelo com a cara mais lesada da vida. Sério. Cara da derrota.

E eu prometi mais informações sobre o livro, certo? Pois bem, é claro que não tenho título (hahahaha Melissa sempre demora com títulos rs), mas já posso revelar um pouco sobre como essa história começou e um dos personagens principais.

No começo do ano, participei de uma oficina de escrita criativa com o escritor Eric Novello. Num dos exercícios, tivemos que criar um personagem em pouco mais de uma página, mostrando em uma cena (nada de fichas ou descrições longas) seus vícios e virtudes. Assim apareceu na minha cabeça Dan: guitarrista de uma banda de rock muito famosa, recém-saído de uma clínica de reabilitação. Dan é irresponsável, mas é também um cara que faria de tudo por sua melhor amiga, a baixista com quem ele fundou a banda, Laura.

Dessa pequena cena em que Dan entra na van fumando enquanto briga com um monte de gente, me veio à cabeça a história desse livro novo, que gira em volta da banda Periscope R. em seu último ano de turnê antes que uma grande tragédia mude a vida de todos radicalmente. Sexo, drogas e rock and roll, mas também perseguições, depressão e amores improváveis.

É isso. Vejo vocês na próxima semana!

 

 

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