Já pararam pra pensar a relação que a música que você ouve tem com a sua vida? Pois bem, foi pensando nisso que resolvi inaugurar essa coluna aqui no blog que se chama “A Música e a Vida”. Eu penso em um ano da minha vida e na banda/artista que mais ouvi naquela época, escuto o álbum de novo e escrevo um post aqui no blog.
2007 foi um ano pavoroso na minha vida. Eu tinha acabado de entrar na faculdade, não sabia o que fazer, tava perdida e mega emotiva, briguei com amigos, me sentia sozinha, perdidade e todo esse mi mi mi. Enfim. Aí eu fui ouvir Smashing Pumpkins, que era uma banda que falava sobre tudo isso de uma forma deprê e super fossa. Claro que eu adorei.
Meu álbum favorito se tornou na hora Mellan Collie & the Infinite Sadness e eu escutava direto. Todo dia. O que mais me chamava atenção na época eram as letras intensas e meio loucas somadas àquela interpretação sofrida do Billy Corgan. Eu ainda consigo me ver deitada na cama ouvindo “Porcelina of the Vast Oceans” ou “In the Arms of Sleep”.
Essa semana ouvi o álbum de novo e posso dizer que apesar de várias sensações de cinco anos atrás terem voltado, hoje tenho uma visão completamente diferente do álbum. Comecei a gostar das músicas com pegada mais pesada que antes eu não gostava (como a faixa “Bodies”) e passei a prestar mais atenção na composição da música como um todo, principalmente as composições da guitarra que são extremamente bem feitas! Mas uma coisa não mudou: esse ainda é um dos melhores álbuns que já ouvi e ainda me emociona muito!
Quem é Smashing Pumpkins?: É uma banda de Chicago que fez grande sucesso nos anos 90, sendo considerada uma das melhores bandas dessa década. A banda começou com Billy Corgan (vocalista e guitarrista), que em 1988 já tinha esse nome de banda na cabeça. Ele conheceu James Iha (guitarrista) numa loja em que trabalhava e os dois formaram o Pumpkins. Mais tarde, D´arcy Wretsky se juntaria à banda como baixista e depois Jimmy Chamberlain na bateria.
O Smashing Pumpkins é considerado uma banda de rock alternativo, mas incorpora elementos de hard rock e heavy metal bem como música eletrônica. O primeiro álbum da banda foi Gish (1991) seguido de Siamese Dream (1993) para depois lançar seu clássico álbum duplo, assunto desse post, Mellon Collie and the Infinite Sadness (1995). Mais tarde veio Adore (1998) e o controverso Machina/The Machines of God (2000) que também teve uma versão de extras com Machina/The Friends and Enemies of Modern Music.
Em 2000, o Smashing Pumpkins acabou por conta de problemas internos e da baixa vendagem dos álbums mais recentes depois do fenômeno dos primeiros anos. Mas em 2007 (ironicamente o ano em que comecei a ouvir a banda), Billy Corgan voltou com os Pumpkins ao lado de Jimmy Chamberlain e lançou o álbum Zeitgeist. Em 2009, Chamberlain saiu da banda e Billy Corgan ficou sozinho como membro remanescente do Smashing Pumpkins ao lado de uma nova formação.
Título: Mellon Collie & the Infinite Sadness
Produção: Alan Moulder, Billy Corgan e Flood
Ano: 1995
Gravadora: Virgin
Disco 1: Dawn to Dusk
1. “Mellon Collie and the Infinite Sadness” 2:52 2. “Tonight, Tonight” 4:14 3. “Jellybelly” 3:01 4. “Zero” 2:41 5. “Here Is No Why” 3:45 6. “Bullet with Butterfly Wings” 4:18 7. “To Forgive” 4:17 8. “Fuck You (An Ode to No One)” 4:51 9. “Love” 4:21 10. “Cupid de Locke” 2:50 11. “Galapogos” 4:47 12. “Muzzle” 3:44 13. “Porcelina of the Vast Oceans” 9:21 14. “Take Me Down” Disco 2: Twilight to Starlight
1. “Where Boys Fear to Tread” 4:22 2. “Bodies” 4:12 3. “Thirty-Three” 4:10 4. “In the Arms of Sleep” 4:12 5. “1979” 4:25 6. “Tales of a Scorched Earth” 3:46 7. “Thru the Eyes of Ruby” 7:38 8. “Stumbleine” 2:54 9. “X.Y.U.” 7:07 10. “We Only Come Out at Night” 4:05 11. “Beautiful” 4:18 12. “Lily (My One and Only)” 3:31 13. “By Starlight” 4:48 14. “Farewell and Goodnight” 4:22
A ideia das duas partes de Mellon Collie é que uma parte representa o dia e a outra a noite. O álbum apresenta músicas de vários estilos: baladas, hard rock, heavy metal, rock alternativo e experimental. Todas as músicas, exceto ‘Take me Down” e “Farewell and Goodnight”, foram compostas por Billy Corgan. As outras duas foram feitas por James Iha.
Curiosidades:
- Originalmente, o álbum teria 57 faixas que foram cortadas para as 28 que atualmente existem;
- Courtney Love (viúva do Kurt Cobain) alega que Billy Corgan escreveu todas essas músicas pra ela;
- A faixa “Thru the Eyes of Ruby” tem 70 guitarras gravadas;
- Billy Corgan disse à impressa da época que esse era “O The Wall da Geração X”. Lembrando que The Wall é aquele clássico do Pink Floyd.
Favoritas: difícil escolher, mas eu diria “Tonight, Tonight”, “Galapagos”, “Porcelina of the Vast Oceans”, “Thirty-Three”, “In the Arms of Sleep” e “By Starlight”. Nussa! mas é isso que dá um álbum com 28 faixas!
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=NOG3eus4ZSo&ob=av2e]
A declaração do Billy Corgan sobre o álbum representa bem o que senti em relação a ele cinco anos atrás:
Eu estava dizendo adeus a mim mesmo através do espelho retrovisor, arrematando o nó da minha adolescência e colocando-a embaixo da cama.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=4aeETEoNfOg&feature=relmfu]
Depressivo, onírico, intenso, surreal. Esse é Mellon Collie & the Infinite Sadness e meu ano de 2007! E vocês, o que estavam ouvindo nesse ano?
Que coluna legal! Bom eu tenho uma péssima mémoria (e quando eu digo pessima é pessima mesmo), mas lembro que eu não estava passando por uma boa fase musical nesse ano, nem gosto de lembrar.
Eu nunca ouvi Smashing Pumpkins, mas parece bom.
Beijos
Que bom que gostou da coluna, Ju! Eu também to gostando. É no mínimo engraçado ouvir todas as músicas que me marcaram durante a vida. É um jeito bem legal de lembrar das coisas.
Eu também já tive uma fase negra com música. hahahahaha
Smashing Pumpkins é bem legal. 🙂 Vale a pena dar uma ouvida, nem que seja de curiosidade.