Se você não esteve dando voltas em Marte nos últimos dias, provavelmente já deve ter se deparado com esse video na internet:
Escrevi esse post há três anos e apesar de hoje continuar pensando as mesmas coisas sobre o Carnaval, não concordo mais com a posição da jornalista do tal vídeo. Ela é uma conservadora sem noção. Por isso removi o link. Mas o resto do meu texto ainda é uma reflexão sobre o lado podre do Carnaval.
E também deve saber que a coisa toda deu a maior polêmica.
Eu fico me perguntando porquê. Sério. Por que é tão difícil aceitar que o Carnaval brasileiro não é uma festa popular, que não é uma festa da paz, que não é uma festa da inclusão, que não mostra o melhor lado do nosso país? Por que milhares de internautas se dão ao trabalho de encher a net com xingamentos e críticas à jornalista, sendo que o que ela falou é verdade?
Ou vai me dizer que nunca ouviu falar da violência que rola na área da pipoca, fora da faixa de segurança dos trios elétricos? Ou do lixo acumulado na rua? Ou dos casos de extrema violência (incluindo assassinatos e estupros) sem motivo algum?
A idéia de que tudo é permitido no Carnaval mata. Isso mesmo. O problema é que colocar um monte de gente pulando num espaço curto, bebendo à vontade e gritando é quase um convite à falta de controle. A psicologia das massas funciona que é uma beleza. É só alguém gritar “Bate nele!” que todo mundo começa a bater e nem sabe porque está batendo. O tipo de coisa que acontece com torcidas organizadas de futebol. E o rastro de violência vai atrás.
Não, nem tudo é permitido. Nem mesmo no Carnaval. A sociedade precisa de limites porque nem todo mundo tem a mão na consciência. Então, pessoal, vamos assumir: Carnaval não é a melhor coisa do mundo. Carnaval dá dinheiro. Por que vocês acham que as grandes emissoras de TV simplesmente ignoram o lado podre do Carnaval? Porque elas ganham dinheiro em cima disso! E não é pouco não. Toda essa fantasia em torno da festa foi financiada pela mídia, que pouco se lixa se as pessoas estão se matando ou não. Desde que estejam consumindo, tudo okay.
Então antes de sair por aí defendendo a coisa com unhas e dentes, vamos refletir sobre o assunto. Vamos assumir essa verdade sobre o Carnaval e tentar construir um modo de vida mais consciente.
Muito bom o post, Mel. A opinião no vídeo – seja ela da jornalista ou da emissora – está corretíssima. Até os desfiles está uma tristeza de ver. Eu já gostei muito, mas ultimamente você liga a TV e vê muita mulher pelada, e isso me entristece. Há muita coisa bonita pra se fazer sem necessidade de apelar. Tenho saudade do carnaval de quando eu era criança, que as famílias iam em clubes fantasiadas, apenas para brincar, jogar confete e serpentina. Hoje pra mim o Carnaval é só um feriado prolongado, que eu aproveito pra descansar, ir na praia e me recolher com a família.
Realmente, Carnaval já foi uma festa da família. Hoje família é o que menos importa.
Eu achei o máximo ela ter dito o que disse. Pura verdade! Eu admito que gosto de assistir aos desfiles na TV, mas o meu gosto não muda os fatos, e os fatos que ela citou são a mais pura realidade.
Acredita que só hoje eu assisti esse vídeo?? *shame*
Mas o que ela falou é verdade. Um dia desses eu pensei que seria legal participar do carnaval, não no camarote, mas lá na avenida. Vc tem noção do quanto tem que pagar por uma fantasia? Depedendo, mais de 400 reais. Uma fantasia que no final do carnaval vai pro lixo (ou pra reciclagem, vai saber), porque ano que vem vai ser tema diferente… u__u’
Fala sério, né?
É uma tristeza que hoje em dia tudo seja relacionado à dinheiro.
E sobre a violência e mortes e falta de higiene… Tudo verdade.
É lamentável a ignorância das pessoas que xingaram e ofenderam a jornalista.
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