Hoje é 31 de julho!

Hoje é aniversário de alguém que me acompanhou durante 10 anos bem de perto. Alguém que esteve comigo em momentos tristes e felizes, alguém com quem eu convivi de uma maneira tão próxima que chega até ser difícil explicar o nosso grau de intimidade. Hoje é o aniversário de Harry Potter.

Okay, primeiro parágrafo brega até o talo, mas é assim mesmo que eu me sinto. Nunca esqueço o 31 de julho, é uma coisa incrível. É como se fosse o aniversário de um grande amigo, daqueles que você pensa “Okay, semana que vem é o aniversário do fulaninho”.

Faz três anos que Harry Potter acabou, mas mesmo assim, tudo isso é parte da minha vida. Faço piadinhas sobre o universo Harry Potter; sinto frio na barriga quando vejo alguma referência em algum outro texto, livro ou filme que eu goste muito; fico brava se alguém fala mal ou demonstra algum preconceito pela série sem ter algum fundamento; passo horas discutindo questões dos livros; sonho com Harry Potter; releio os livros e sinto as mesmas emoções. Eu tenho quase 21 anos e bem, sinto que vai ser assim pra todo o sempre. Porque Harry Potter fez o que nenhuma série nunca fez: me fez acreditar. Não no sentido de achar que existe de verdade, mas no sentido de me apresentar um mundo completo, com personagens cativantes, uma história bem fechada, e um mundo de possibilidades racionais (dentro das regras desse mundo).

Eu tinha 10 anos e gostava de livros de fantasia, então eu li Harry Potter. Eu tinha 13 anos, me sentia sozinha e isolada, então eu li Harry Potter. Eu tinha 15 anos e queria ser escritora, então eu li Harry Potter. Eu tinha 17 anos e tinha medo de crescer, então eu li Harry Potter.

Obrigada, J.K.Rowling, por ter mudado minha vida. Parece brega, mas acredite, não é não.

Um comentário

  1. ówn, gente. Não tem como ler isso sem me identificar 100% com o que você disse, mel, inclusive com as partes bregas.

    Eu também lembrei de Harry Potter hoje. E também acho que a sensação que se tem com a série não fica gasta com o tempo. Eu diria que a série me fez acreditar nem tanto no aspecto verossimilhança, mas em muitas coisas sobre pessoas e sobre mim mesma. Me fez descobrir a mim mesma e me fez perceber que eu gostava de traduzir, me ajudou a aprender inglês, é parte essencial do que eu sou.

    Thanks, Jo.

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