Top 7 Dia Mundial do Rock

Hoje é #DiaMundialdoRock!!!! E eu sou roqueira assumida. Como escritora, sempre escrevo ouvindo alguma coisa. Como compositora, me inspiro em várias bandas de rock. Posso dizer com certeza que esse é meu estilo favorito, desde pequena, quando ouvia meu pai escutando rock em casa. Então hoje queria mostrar para vocês as músicas de rock que marcaram minha vida.

Vamos nessa viagem musical?




“The Trees,” do Rush

Meu pai me deu uma coletânea do Rush para ouvir quando eu tinha uns 11 anos. Foi a primeira banda pela qual eu me apaixonei. Lembro de ouvir os mais de 16 álbuns da banda que nem uma louca. Até hoje sei todas as músicas. Em 2010, realizei um grande sonho indo ao show da banda no Rio de Janeiro. Sem dúvida uma das experiências mais fodásticas da minha vida.

Do Rush eu gosto das letras inteligentes, das melodias incríveis que o Geddy Lee faz com o baixo e da guitarra descompromissada e marcante do Alex Lifeson. Além disso, gosto do fato do Rush ter tantas caras e não ter medo de mudar, experimentar novos sons.

“The Trees” foi a primeira música favorita que tive na vida. Até hoje ela me emociona. Com aquela cara de anos 70, fala de uma guerra entre os carvalhos e as maple trees, uma analogia incrível para a sede de poder sem limite dos humanos.

“Admirável Chip Novo”, da Pitty

Eu estava no final do ensino fundamental. 14 anos. Me achava bizarra. E aí veio a Pitty dizer que tudo bem você ser estranho e bizarro. Mas a música que me fez virar fã dela foi mesmo “Admirável Chip Novo” com sua letra meio futurista (porque eu sempre gostei dessas coisas, né?) traçando uma crítica tensa da nossa sociedade.

Pitty foi a primeira mulher no rock que me impressionou. Quando ela apareceu, percebi o quanto sentia falta de mulheres como ela no cenário rock and roll. Sempre inteligente e com um olhar agudo sobre nossas vidas, Pitty até hoje me deixa surpresa com sua sagacidade e talento. Já usei várias músicas dela nas minhas aulas de literatura.

“Helena”, do My Chemical Romance

Quando ouvi essa música pela primeira vez na extinta MTV Brasil em 2005, eu lembro de pensar: “Putz, isso foi feito pra mim”. Na época, todo aquele drama e maquiagem pareciam falar de algo muito próximo do que eu vivia. Fiquei viciada em My Chemical Romance. Inclusive, ouvindo a banda hoje continuo achando as músicas sensacionais.

Gosto de como My Chemical Romance mistura elementos do metal, do hardcore e do rock alternativo naquele jeito visceral de cantar (que anos depois descobri ser influenciado pelo Billy Corgan, do Smashing Pumpkins). Foi a primeira vez também que experimentei a ideia de álbuns conceituais contemporâneos, que contavam uma história inteira ao longo de suas músicas. Com minha mente literária, não é difícil entender porque “Helena” me impressiona(va) tanto. Aquela ideia do cara que tem que resgatar almas pra reencontrar seu amor e cada música é uma dessas histórias é tensa e linda.

“Jesus of Suburbia”, do Green Day

Eu sempre digo que essa foi a música que marcou minha geração. Eu tinha 16 anos quando ouvi pela primeira vez e lembro de ficar com minha irmã o dia inteiro esperando a música tocar no TOP 10 da MTV Brasil e ficar chateada porque só aparecia a versão reduzida de 6 minutos e não a original de 10 minutos. Gloriosa e desesperada, “Jesus of Suburbia” é a música dos adolescentes em busca de um sentido da vida dos anos 2000.

Uma ópera rock punk! Como assim? Até hoje eu arrepio só de lembrar de Billie Joe Armstrong cantando sobre as agruras de tentar se libertar da alienação através de drogas, sexo e rebeldia e só conseguir quando se sai de casa para ver o mundo com seus próprios olhos e ter uma história pra contar. É, mais uma música com história. Eu gosto dessas. rs

“Heart in a Cage”, do Strokes

Um ano depois das gloriosas histórias contadas pelo My Chemical Romance e Green Day, fui tomada pela crônica do mundo contemporâneo em seu modo mais cru e blasé: ouvi “Heart in a Cage”. Julian Casablancas, tão desafinado, falando que são três da manhã e você está comendo sozinho. Quão tenso era aquilo e o quanto fazia sentido para mim?

Adolescentes exageram tudo, mas ainda hoje ao ouvir essa música sinto que ela carrega a verdade dura da vida em uma cidade grande: rodeado de pessoas, estamos sós, desesperados por uma conexão emocional. Corações engaiolados ainda batendo.

Obviamente, depois dessa passei a amar Strokes e o novo indie rock. Riffs infinitos, vocais meio fora, aquele jeito descolado. Acho que esse para sempre será meu elo musical com minha irmã, inclusive.

“Thru the Eyes of Ruby”, do Smashing Pumpkins

Eu estava na faculdade quando conheci Smashing Pumpkins. Já tinha visto o clip de “Tonight, Tonight” antes, mas por algum motivo, não tinha clicado. No entanto, aos 19 anos ouvir o álbum Mellon Collie and the Infinite Sadness foi avassalador. Até hoje esse é um dos meus álbuns favoritos e nenhuma música me impressiona mais que “Thru the Eyes of Ruby”, que nunca foi single, mas que pra mim sintetiza tudo que o rock dos Smashing Pumpkins é: tenso, melancólico, triste.

Já escrevi muito ao som da voz e da parede de guitarras de Billy Corgan. O conto “A Torre e o Dragão” foi escrito ao som de “Suffer”; “Três Passos no Caos” veio ao som de “Hummer”; e “O Silêncio do Mundo” tem uma referência direta e crucial a “Muzzle”. Quer conhecer esses contos? Pois clique aqui.

“Cherry Bomb”, The Runaways

Em 2011 eu ouvi The Runaways pela primeira vez e foi incrível. A história dessa banda só de garotas me deixou curiosa e empolgada. Escrevi uma série de posts sobre a banda, que inclusive foram usados em uma monografia de comunicação.

“Cherry Bomb” não é minha música favorita da banda, mas certamente foi a que mais me marcou no início. Gosto do rock simples, da rebeldia, das letras que falavam do cotidiano da década de 70.

 

Bônus: Ouvindo hoje

O que eu escuto hoje que é marcante para mim no rock?

Bem, além das bandas citadas acima, escuto muito Hole, Los Hermanos, Arctic Monkeys, além de clássicos como Led Zeppelin. Recentente acompanho o trabalho de uma banda brasileira chamada Scalene que acho incrível.

Reza a lenda que através das músicas que gosto vocês conseguem perceber por que minha escrita é meio melancólica. hahahahaha

E vocês? Que rock escutam?

6 Comentários

  1. Quando eu era pré-adolescente eu amava boy bands, era apaixonada e só queria saber daquilo, enquanto ia crescendo e os grupos como Backstreet Boys foram saindo da mídia, eu descobri a Avril Lavigne, ouvi o primeiro e o segundo cd até parar de funcionar, com o tempo fui gostando de algumas bandas, que não era exatamente rock, mas que me fazia bem, como o Good Charlotte. As minhas bandas favoritas hoje, eu conheci depois que terminei o ensino médio, como o AC/DC, a primeira vez que eu ouvi, foi como um sonho se tornando realidade, a melhor coisa do mundo. A minha outra banda favorita conheci em 2010, The Runaways me fascinou desde a primeira vez que eu ouvi, e foi por causa delas que eu conheci o seu blog em 2011 (faz tempo já).
    Amei o post, me deu vontade de ouvir My Chemical Romance, a minha preferida é Desolation Row, e fiquei nostalgico com Jesus of Surbubia, ouvi demais essa música.

    • Ju, eu lembro muito quando Avril Lavigne apareceu. Gostava de algumas músicas. 🙂 Ah, Good Charlotte é rock sim. É o auge do emo. hahahaha Ouvia “I just wanna live” on repeat na época.

      My Chemical Romance é bom demais. E por causa desse seu comentário, fiquei ouvindo Desolation Row que nem doida. Cover foda, viu.

  2. OK. Fine.

    Já que NINGUÉM aqui se manifesta sobre este assunto que é o mais ESCABROSO da História da Cultura Pop :

    A integrante mais lúcida e inocente da primeira banda de Rock & Roll feminina composta de adolescentes menores de idade é drogada e ESTUPRADA pelo próprio empresário da banda diante de várias testemunhas omissas, com a cumplicidade de omissão das suas próprias colegas de banda, que trataram esse crime repugnante como uma piada por anos, ridicularizando a vítima e protegendo o criminoso sociopata que escapou impune.

    Então eu posto um comentário publicado na página da própria fonte original, vindo de alguém que trabalhou com aquela “instituição viva, estrela e heroína do Rock n Roll”:

    Jeff Ex :

    Joan Jett doesn’t have the balls to step forward. I don’t know Jackie, but I know Joan, worked with her and some of the people around her. She doesn’t have the balls… Or the self discipline, or the honesty, or the …well, let’s say this, Joan is as close to a sociopath as one gets not be a sociopath.

    Outro comentário no Facebook da própria Joan Jett :

    Mallory Marie :

    The fact that you can just be so dismissive about what happened to your fellow band mate is disgusting. You should drop that feminist flag that you’ve been waving because if you can’t even admit that you witnessed what happened, you prove that you care very little about the plights of women. I had so much respect for you until I read jackies account of what happened. Which was corroborated by numerous witnesses. Not only did you do nothing but you actively taunted her afterwards and still defend your monster of a former manager. Seriously I am so disappointed to learn that Joan could be such a coward, a liar, and a bully.

    Depois de uma desgraça dessas, que pais e mães responsáveis vão se permitir entregar seus filhos adolescentes nas mãos de estranhos para seguir carreira numa banda de Rock n Roll?

    • Eu não sei o que dizer sobre Joan Jett agora. Eu sabia que ela já tinha feito merdas antes, principalmente sob influência daquele bizarro do Kenny Laguna. Mas isso???? Caramba. Que feminismo é esse que ela diz defender? Só posso dizer que pra mim aquela imagem rachou. Pra sempre. E tudo que ela tinha que ter feito era admitir o que aconteceu. Ninguém ia culpá-la por ser uma adolescente assustada. Mas por seu uma adulta omissa e mentirosa sim.

  3. O fã-clube de dona Joan está derretendo como um sorvete ao sol.

    Vicky Blue:

    “Kent Smythe, o roadie mais perverso de todos os capangas de nosso ex-empresário Kim Fowley, gravou a voz de Jackie numa fita cassete e tocava a gravação para as outras Runaways ouvirem ela desesperada, gritando e chorando: “I’m sick of get sick!” e outras queixas. Elas ficavam ouvindo aquilo durante meses dando risada.”

    Cara, depois dessa desgraceira toda, eu nunca mais vou olhar para os meus posters das Runaways da mesma maneira.

    • Ernesto, compartilho o seu sentimento: também não consigo mais olhar as fotos do mesmo jeito nem ouvir as músicas compostas pelo Kim Fowley da mesma forma. Joan Jett queimou o filme um ano depois de ter entrado no rock and roll hall of fame. Se ela tivesse admitido que errou, dizendo que era uma adolescente, que estava assustada, drogada e confusa, o mundo teria perdoado.

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