Doctor Who: meus altos e baixos com a série

Okay, terminei de assistir Doctor Who e posso dizer que essa é uma das minhas séries favoritas. No meu blog literário, eu falei sobre as 5 coisas que você precisa saber antes de assistir Doctor Who justamente porque essa é uma série completamente diferente das que estamos acostumados. Os efeitos especiais são toscos, os roteiros são malucos, o Doutor é um cara estranho… mas as histórias são incríveis!

Depois de ter tantos amigos me recomendando Doctor Who, posso finalmente dizer que essa série conseguiu me ganhar. Fiquei tão empolgada, que decidi fazer um post com meus aspectos favoritos dela, de um jeito bem pessoal, um jeito de falar a esses amigos (que assistiam a série há tanto tempo) que eu finalmente os entendo.

Esse post contém spoilers da série. Se não quer saber, pare agora. Você foi avisado.

Doctor favorito: O Décimo.

Okay, não tem jeito, o Décimo é realmente o doutor do meu coração. Posso dizer que o Décimo Primeiro chegou bem perto (gravata borboleta, suspensórios, colete? Gente, o homem é muito sexy estiloso), mas é só rever um episódio do Décimo que meu coração balança e eu tenho aquela certeza “É ele!”. hahaha Por quê? Bem, ele é insano, ele é intenso, tem um senso de humor único, usa óculos de leitura e olha por cima deles, é irônico, confiante e tem expressões características ótimas. Fora a melhor frase de todos os episódios:

People assume that time is a strict progression of cause to effect. But actually from a non-linear, non-subjective viewpoint it’s more like a big ball of wibbly-wobbly timey-wimey… stuff. (coração)

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=q2nNzNo_Xps]

E sim, eu sou do time dos que acha que o David Tennant é The Ultimate Doctor. Sorry Matt Smith. Mas você será para sempre meu you-may-be-a-silly-Hufflepuff-kisser Doctor.

Companion favorito: Os Pond!

Durante muito tempo foi a Donna Noble e eu chorei horrores no fim dela. Mas os Pond paulatinamente (olha que palavra linda!) ganharam o lugar de companheiros favoritos sem sombra de dúvida. Eles têm uma dinâmica interessante entre eles e o Doutor e uma backstory super legal. Eles são engraçados, legais, românticos e sem noção ao mesmo tempo. Eles são os Pond! E eles são super fofos juntos como um bônus.

Amelia e Rory Pond, vocês são meus companions favoritos!

E eu adorei o final deles. Achei que ficou ótimo, fechou bem a história. Sim, eu acho que tudo que é bom um dia tem que acabar pra não estragar.

Companion odiada: Clara Oswald.

Nunca, nunca mesmo pensei que odiaria uma Companion mais que eu odiei Rose Tyler por duas temporadas mais suas participações especiais. Mas eu estava errada. Em apenas um episódio, “The Snowmen”, Clara Oswald conseguiu fazer subir meu ódio mortal a ponto de eu nem gostar da segunda parte da sétima temporada (que pra mim foi horrível, só melhorou no episódio final, “The Name of the Doctor”).

Ela é metida, não é carismática, é needy de um jeito nojento (Martha Jones até parece tranquila agora), forçadamente inteligente e esperta na minha opinião. Pra mim ela é super mal escrita. Esse apego sentimental entre ela e o Doutor pra mim não colou também. Não achei que foi desenvolvido de um jeito interessante e eu não consigo sentir qualquer ligação entre ela e o Doutor (apesar do que o roteiro me diz). Eu tinha vontade de atirar coisas na tela enquanto via episódios com ela. Impossible Girl, you suck!

E fala sério, o que ela realmente fez como Impossible Girl? Ficou acenando pro Doutor com roupas de época? Cadê a ação de salvar a vida dele mil vezes? Patético.

Temporada favorita: Sexta temporada!

Eu poderia dizer que era a quarta, porque tem o Décimo e a Donna Noble e aquele final que nos deixa sem chão, mas eu gosto da sexta. Okay, ela tem vários problemas depois da metade, mas ainda tem bons episódios. Tem a dinâmica dos Pond, o mistério de River Song e um dos inimigos mais interessantes da série (sim, eu fiquei com medinho do Silêncio). Fora que foi a temporada que eu assisti mais freneticamente.

Temporada detestada: Sétima.

Sério, que temporada horrível. No primeiro episódio da temporada, Rory e Amy têm a discussão de relacionamento mais patética da ficção científica televisiva (gente, que roteiro ridículo é aquele?). Temos alguns momentos legais como o final dos Pond em “The Angels Take in Manhattan” (okay, a gente releva aquela frase do “When one is in love with an ageless god…”) ou mesmo “The Power of Three” (legal a vida doméstica do Doutor), mas o resto é de doer.

Péssimo.

Personagem feminina favorita: River Song.

Eu amo a River Song. Um dia ainda vou fazer um post sobre meus motivos de forma mais clara, mas acho ela um excelente modelo de personagem feminina: Ela tem mais de 40 anos, ela tem cabelo cacheado, ela é arqueóloga (tipo Indiana Jones no espaço!), ela é sexy, ela atira em todo mundo, ela é engraçada, ela é independente, ela é romântica… ela é uma mulher de verdade! Fora que a história dela é super interessante e relevante para a série como um todo. Go River!

(sim, eu sei que o Moffat fez várias cagadas roteirísticas com a personagem, mas isso não me impede de gostar dela)

Personagem masculino favorito: Rory Williams.

Tem como não gostar do Rory? De todos os homens que apareceram em Doctor Who, ele foi de longe o mais cativante. Rory vive às margens do Doutor, mas diferente do chato do Mickey que ficava o tempo todo querendo fazer algo heroico pra compensar o pé na bunda que levou da Rose, Rory ficava na dele e fazia o que fazia de importante quando era necessário, não para se provar. Tudo bem que eu o apelidei de “Elemento Merda” (porque ele morria toda hora), mas era carinhoso. 😉

Fora que o relacionamento dele com a Amy sempre foi super emocionante… Os dois e o Doutor são o triângulo amoroso que não é triângulo amoroso mais legal de toda a série.

Casal favorito: Décimo Primeiro Doutor/River Song

Awwwwwwwwwwwwwn! Eu amo esses dois juntos. Eles são engraçados, eles são sexy, eles são fofos. Pra mim não tem jeito: a River é a mulher da vida do Doutor. Pronto.

Acho o lance da diferença de idade genial: mostra que mulheres maduras também podem viver grandes histórias de amor, não são só as mocinhas. O Doutor mais jovem se apaixonou por uma mulher mais velha. Cool.

Melhor beijo: Décimo Primeiro Doutor e River Song em “The Name of the Doctor”

Eles tiveram poucos beijos em cena, mas o mais lindo foi mesmo esse em que ele diz o quanto sentia saudade dela. Nessa hora, eu comecei a chorar. Foi o único beijo mostrado em que ele realmente a beija porque quer (no primeiro, River o pega de surpresa e no segundo, foi por causa do casamento deles e do fim do universo – coisas de Doctor Who).

Melhor Episódio: “When a Good Man Goes to War” (Sexta temporada)

Caramba, foi difícil escolher esse. Mas escolhi esse episódio porque ele tem vários dos elementos que valorizo em um roteiro: um início ambíguo (o discurso da Amy sobre o homem que viveu centenas de anos), uma boa batalha inteligente (pra quê gente voando, né?), vilões espertos, muitas reviravoltas interessantes, um grande segredo revelado, um pouco de romance (sem ser brega), coisas fofas (o que é o Doutor pegando o berço dele e dando pra Melody? awwwwwwwwn), um herói destroçado (adoro quando o Doutor é surpreendido e tem o coração partido), um lado negro de alguém aparentemente bondoso, referências a tramas anteriores e um toque de humor aqui e acolá.

Sim, eu sei que vários problemas na série vieram depois desse episódio. Por que Amy e Rory nunca choraram a perda da filha? Por que a River mudou? Erros de continuidade apareceram e Moffat nunca explicou em cena os porquês de várias coisas, mas o episódio em si é ótimo. O problema foi como as coisas se desenvolveram depois dele.

Se eu tivesse escrito um episódio de Doctor Who, teria sido “When a Good Man Goes to War”.

Melhor inimigo do Doutor: Master

Okay, o Silêncio me deu medinho, mas o Master é o vilão mais legal. Okay, ele é o clássico arquiinimigo, mas ele é demais. Adorei os episódios em que ele apareceu, principalmente “The Sound of Drums”. Gostei também da volta dele na temporada seguinte. Normalmente fico resistente com super vilões que voltam do nada, mas a volta do Master foi bem bolada. E mostra que os Time Lords não são santos.

E sim, eu quero mais do Master.

Pior inimigo do Doutor: The Great Intelligence

Que bosta de inimigo é esse? Ele não tinha motivos, não tinha razões, não tinha desenvolvimento, não tinha nada. Simplesmente apareceu no final da sétima temporada e foi derrotado sem dificuldades.

Ridículo.

E sim, eu sou daquelas que acha que um vilão medíocre só faz desmerecer a vitória do herói. O Décimo só é grande porque o Master é um excelente vilão. Os dois têm uma dinâmica única. Com a Great Intelligence o Décimo Primeiro só foi denegrido.

Episódio em que mais chorei: “Journey’s End”

Chorei em posição fetal. Chorei alto, de soluçar. Okay, a gente sabia que a Donna estava caminhando pra um final triste, mas sinceramente, eu não esperava que fosse tão triste assim.

E eu fiquei assim no final.

Melhor Season Finale: “Last of the Time Lords”

O que que é o Décimo chorando com o Master nos braços, gente? Eu adorei esse episódio, ele me surpreendeu de maneiras positivas, e teve um grande drama em relação ao Doutor (o que eu sempre gosto de ver).

E foi a primeira vez no revival da série que uma Companion abandonou o Doutor porque quis. Dá-lhe Martha Jones!

Melhor Especial de Natal: “The End of Time”

Não precisa nem questionar. O final do Décimo Doutor, a participação do avô da Donna como Companion, o ápice dramático do Décimo… Não tem como. É o melhor especial de Natal.

(Okay, algumas pessoas dizem que não é exatamente um especial de Natal já que a segunda parte foi ao ar no Ano Novo e tem uma confusão danada em diferentes episode guides… mas eu considero Especial de Natal, então pronto. rs)

Pior Especial de Natal: “The Doctor, the Widow and the Wardrobe”

A minha veia feminista me faz odiar esse episódio com muita força. Ideal de mulher é maternidade, sério? Jura? Fiquei com raiva de ver uma coisa dessas em uma série como Doctor Who.

Fora que pra mim é uma ideia completamente deslocada: O Doutor vai fazer uma noite de Natal incrível pras crianças de uma mulher que ele mal conhece? Poxa, e Amy e Rory com a filha deles? Não é um tanto insensível? Mas Moffat nunca explorou essa dinâmica da família Pond e cagou criando esse episódio detestável. Nem falo mais dele porque são tantas ideias ridículas em relação a mulheres (ligada à natureza, maternidade, amor, rendenção) que é melhor ficar calada, só de lembrar me sobe uma raiva.

Melhor mini-episode: “Night and the Doctor” (2011)

Para quem é fã de River Song e do Décimo Primeiro Doutor juntos e dos Pond, não tem minisode melhor. O Doutor e River em seu primeiro e último encontro, os dois brigando horrores, aquela UST no ar…

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Muito bom.

Maior decepção: “The Time of the Doctor”

Eu quis chorar de raiva com esse episódio. Mal desenvolvido, cheio de buracos de roteiro que caberiam todo o vórtex do tempo… Steven Moffat se superou em sua lista de grandes cagadas em Doctor Who com esse episódio.

A relação entre Clara e o Doutor é patética. Não faz sentido os dois terem toda aquela relação juntos. Não me convence. E Clara não tem personalidade nenhuma. Ela é tipo uma folha em branco. Poderia ser qualquer outra coisa que não faria diferença.

O Doutor envelhecendo numa cidade chamada Christmas era uma ideia linda, mas ficou meio boba. A voz narrativa em off não cria empatia. O espectador não consegue sentir os efeitos da guerra na cidade. A personagem Tasha é ridícula. A solução pra regeneração me fez ficar com muita raiva.

O monólogo final de Matt Smith, no entanto, sua alucinação com Amy, foi muito tocante. Mas como um todo, é uma decepção total.

Morra, Moffat!

Melhor regeneração: “The End of Time”

A jornada final do Décimo Doutor ainda é pra mim uma das melhores cenas de Doctor Who. Ela é emocionante e brega na medida certa.

Aquelas batidas na porta… é de despedaçar um coração.

Fora que é a despedida perfeita para o Doutor de David Tennant, The Ultimate Doctor. Sorry, pessoas, mas ele é. rs

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Enfim, esses são meus altos e baixos com Doctor Who. Mas no geral é uma das minhas séries favoritas e é obrigatória para qualquer fã de fantasia e ficção científica. (Acho que só perde pra Lost, que não tem jeito, é minha série favorita há anos)

Um site que levanta muitos questionamentos interessantes sobre Doctor Who é o Whovian Feminism. A blogueira escreve muito bem e defende uma melhor representação de mulheres na série e, principalmente, a ideia de uma Doctor. Isso mesmo, uma regeneração que transforme o Doutor em uma mulher. Eu iria adorar.

E vocês? Quais são seus altos e baixos com nosso querido Doutor?

14 Comentários

  1. Você não sabe o quanto esse post me fez feliz, relembrei tantas emoções, essa série mexe comigo de uma forma que eu nunca imaginei que seria capaz. Eu cheguei a ela por acaso, tanta gente falando, que foi por curiosidade, e eu me apeguei tanto, me emocionei de diversas maneiras, do amor extremo, até a raiva.
    Exijo um post sobre a River, adoraria ler, ela é uma das personagens mais interessantes que eu já acompanhei, a dinâmica do relacionamento dele com o 11, é tão deliciosa, não entendo por que tem gente que não gosta, só por que ela é mais velha, dizem que não combina, mas para mim é o contrário, o contraste e as semelhanças entre eles são adoráveis, e o casal é lindo.
    Melhor frase para descrever esse relacionamento entre o Doctor, Amy e Rory: “Os dois e o Doutor são o triângulo amoroso que não é triângulo amoroso mais legal de toda a série.” E a Donna, acho que mesmo amando os Ponds, ela vai ser sempre a primeira no meu coração! Eu gosto da Rose! Mas a Clara, eu tenho que concordar com você, no começo eu até gostei, mas o vinculo dela e do Doctor é forçado, nem de longe tão interessante como os outros. O final da sétima temporada, antes dos especiais, ficou estranho para mim, parece que ficou faltando alguma coisa. Espero que ela não dure muito. E o que você achou do Peter? Estou torcendo para ele ser um ótimo Doctor!

    beijokas

    • Oi Ju, que lindo seu comentário grandão! (adoro comentários gigantes)

      Então, eu também me identifiquei com a série de um jeito muito próximo. Também demorei um tempo pra assistir. Uma grande amiga me apresentou à série ANOS atrás, eu gostei, mas algo sempre me desanimava pra assistir. Então esse ano resolvi que precisava de ver algo legal e comecei a ver Doctor Who no Netflix. E foi um amor. hahahahaha

      Ah, então eu vou fazer o post sobre a River. Também adoro essa personagem. Ela é incrível. 🙂 Acho horrível quando falam da idade dela pra justificar que ela e o 11 não “combinam”.

      Quanto à Clara, espero que ela vá embora ou que pelo menos seja melhor desenvolvida. Quanto ao Peter, também torço pra que ele seja ótimo. Espero que ele seja um daqueles Doctors doidões, com um lago negro. Eu adorei o Doctor do Matt Smith, mas ele era muito bonzinho. Sinto falta do dark side do Doutor.

      bjs!

  2. Esqueci, sobre o último episodio especial, concordo com você, e aquele final arrancou muitas lágrimas de mim.

    • Aquele monólogo é o que salva o episódio. Quando ele tira a gravata borboleta e diz que sempre vai lembrar de quando o Doutor era ele… Nossa, aquilo arranca o coração da gente fora.

      Mas eu não consegui chorar na hora porque eu estava com muita raiva do episódio. Quando vi a cena isolada no youtube é que consegui finalmente uma lagrimazinha…

  3. Mel, adorei ver Doctor Who através dos seus olhos. Mesmo! Confesso que concordo em alguns aspectos e discordo em outros, mas o mais interessante é como você não deixa passar nada despercebido! hahaha As partes que mais concordei foi o The Great Intelligence. Eu falei a mesma coisa. Do nada ele aparece com um plano de uma mega vingança que consiste em destruir todo o passado do Doctor sem motivo algum, e morre só de se jogar na timeline dele, coisa que até mesmo a Clara (que é humana) sobreviveu… Vou te contar, viu! haha Sobre a Clara, é engraçado, mas ela é minha companion favorita hahaha Acho que é a junção do fato que eu adoro a Jenna Coleman com o fato de que o personagem em si é uma armadilha. Armadilha tipo a Bella Swan em Crepúsculo: você escreve um personagem com personalidade rasa e sem traços muito marcantes porque daí, todo mundo consegue se enxergar nele. Por exemplo, é engraçado como muitas pessoas (eu incluso) se identificam com a Clara, exatamente porque ela foi escrita para que todo mundo se identificasse hahahaha. Acho que a única diferença gritante entre nossos gostos é o 10 x 11. Se eu pudesse viajar no tempo e espaço com um Doctor seria com o 11. Eu gosto do 10 na primeira temporada dele, mas depois que a Rose vai embora, ele fica amargurado, frio e grosseiro com os companions. A Martha só toma, e a Donna só não toma porque ela não deixa. Mas ele ainda só dá patada! haha Um ponto que eu adorei no seu texto que eu nunca tinha notado: que a River Song dá a ideia de que não só garotas jovens vivem contos de fadas! EX-CE-LEN-TE! Nunca tinha pensado assim!

    • Jean, que beleza ter você comentando aqui! Toda vez que eu via um episódio de Doctor Who eu pensava “tenho que comentar coisa X com o Jean..”. rs

      The Great Intelligence foi um vilão ridículo, mas tão ridículo que na hora de escrever sobre ele eu nem consegui encontrar o que dizer. Achei que o Eleventh merecia um vilão, melhor, viu, principalmente em sua última temporada. Ficou muito pobre.

      Quanto à Clara, eu entendo essa estratégia de fazer um personagem com quem todo mundo pode se identificar (quais são os traços dela? Gosta de crianças, quer viajar, isso se aplica a quase todo mundo…), mas acho que é o tipo de coisa que pode ter um efeito colateral devastador: ou é 8 ou 80. Algumas pessoas vão adorar, porque vão se identificar, enquanto outras vão detestar, porque a personagem é muito vaga. Eu caí na última categoria. Não consegui criar empatia com a personagem e comecei a detestá-la. E Doctor Who estava com uma linhagem de excelentes companions. Por mais que odeie a Rose, reconheço que ela é uma boa personagem. Depois de Martha, Donna, Amy e River a Clara ficou super insonsa. Mas o pior foi que o roteiro perdeu grandes chances de desenvolvê-la. Como você comentou no Facebook uma vez, ela ficou sabendo nome verdadeiro dele (ela ouviu a River dizer). Ela é a única companion (a River não conta aqui) que sabe de todos os detalhes do passado do Doutor (ela se jogou na linha do tempo dele!), que sabe quem ele realmente é. E isso tudo foi simplesmente descartado. Quando a Clara volta da linha do tempo, ela poderia ter desenvolvido como personagem, poderia ter redefinido sua relação como Doutor (afinal, ela sabe da vida dele, eles agora são iguais no quesito “conhecimento do passado”), mas não, o roteiro age como se nada tivesse acontecido e a Clara volta a ser a menina rasa de sempre. Isso me deixou louca de raiva!

      Engraçado agora que parei pra pensar. O Tenth é meu favorito porque eu gosto do Doutor melancólico e sombrio, do Doutor com dramas em relação ao passado, que faz coisas sem pensar, que não tem muita misericórdia ou paciência. O Eleventh é um Doutor mais alegre (inclusive achei super legal no “The Day of the Doctor” quando eles caracterizam o Eleventh como “the man who forgets”), mais aberto para relacionamento humano. A relação que ele teve com a Amy foi muito próxima. Ele chegou a morar na casa dela! Ele ligava pra ela e ficou implícito na narrativa que os Pond viajaram com o Doutor por pelo menos uma década. Então, se eu fosse escolher um Doutor pra viajar seria o Eleventh, não o Tenth. Gosto do Tenth como personagem, mas reconheço que ele era um grosso sombrio e que deixava seu mau humor crônico dominar suas relações com as pessoas. Já o Eleventh é algo absurdamente mais agradável e até mais interessante como companheiro de viagem.

      E sim, esse aspecto da River Song é muito legal. Odeio essa ideia vendida por Hollywood de que você só pode viver um “conto de fadas”, “final feliz”, “grande história”, se você tiver menos que 25 anos. Não, na vida não tem hora pras coisas aconteceram. Adoro o fato da River ser uma mulher mais velha.

      • Mel, quando você disse:

        “Ela é a única companion (a River não conta aqui) que sabe de todos os detalhes do passado do Doutor (ela se jogou na linha do tempo dele!), que sabe quem ele realmente é. E isso tudo foi simplesmente descartado. Quando a Clara volta da linha do tempo, ela poderia ter desenvolvido como personagem, poderia ter redefinido sua relação como Doutor (afinal, ela sabe da vida dele, eles agora são iguais no quesito “conhecimento do passado”), mas não, o roteiro age como se nada tivesse acontecido e a Clara volta a ser a menina rasa de sempre. ”

        Acho que você definiu exatamente o que me incomoda na Clara, apesar de gostar demais dela. Eu sempre me pergunto isso… Ela sabe o nome dele, conhece todo o passado dele, e ainda age como se tivesse mais por fora do que a Martha! (Coitada da Martha, mas a tadinha viveu por fora!) – Naquela hora que ela ajoelha diante da rachadura, eu pensei: “pronto, ela vai falar o nome dele!” e… nada. Mesmo que a gente não ouvisse, afinal, nunca acho que vão revelar o nome dele, eu pensei que ela fosse falar, igual a River fez.

        E para piorar a situação dela, a nova linha do tempo ignora tudo o que ela já fez. Afinal, se o Doctor não morreu em Trenzalore, não existe túmulo e não existe sacrifício. Teoricamente, ela nem é “The Impossible Girl” mais. O especial de Natal cancelou todos os acontecimentos da sétima temporada. Eu preferia que, de alguma forma, o túmulo e a linha do tempo ainda tivesse ficado lá, sabe? Tipo, com o novo ciclo de regenerações, a linha do tempo antiga é ‘aposentada’. Pelo menos ainda faria sentido…

        Eu também gostei de fazerem do 11º o Doctor “who forgets”. Foi uma maneira legal de explicar a forma como ele se distoa completamente da vida do 9º e do 10º. Para lidar com a dor, ele esqueceu tudo, inclusive quem ele costumava ser.

        • Nossa, Jean, eu ainda não tinha me dado conta de que se o Doutor não morre Trenzalore, tudo que aconteceu com a Clara não faz sentido porque uma nova linha do tempo foi criada! Soluções satisfatórias: ou a linha do tempo antiga é aposentada ou o Doutor vai morrer em Trenzalore em outra ocasião (mas se fosse assim, então a Clara sabe quando o Doutor vai morrer já que ela pulou na linha do tempo dele). Porque se não, fica esquisito demais mesmo. Mas eu duvido que eles vão explicar isso…

          Eu gosto muito da personalidade do Eleventh. Foi um jeito de trazer um Doutor mais leve pra série (depois dos dois mais sombrios anteriores) sem alterar totalmente a lógica do personagem. Ele é mais crianção, prefere esquecer o passado do que encará-lo, mas é também o Doutor mais humano e mais carinhoso. Ele ainda é meu silly-Hufflepuff-kisser Doctor. hahahahaha

  4. Interessante seu modo de pensar.
    A Clara é minha companion favorita, e apesar de concordar com algumas coisas que você disse sobre ela, eu sempre sinto o dever de defendê-la (então se prepare pra um texto enoooorme).

    Como assim ela “não tem personalidade”? Não percebe a personalidade dela quem não quer.
    A Clara é de longe a companion mais inteligente da série moderna; ela definitivamente tem medo de algumas coisas (como pode ser visto em Cold War), mas ela ainda assim é impressionantemente corajosa (The Rings of Akhaten é um exemplo); ela é sensata mas ao mesmo tempo impulsiva; ela é muito maternal, pois além de em todas suas 3 “versões” ela ter trabalhado com algo relacionado a crianças, podemos ver claramente como ela se importa com as crianças que ela cuida; ela é sentimental; inventiva (tendo, por exemplo, a ideia de eletrificar o rio em Nightmare in Silver); observadora; animada; curiosa; mas principalmente, muito forte emocionalmente (irei citar mais abaixo).
    Como esquecer das épicas frases “Tell me I’m cool, chin boy.”; “I understand you’re the previous governess. I regret to inform you the position is taken. Good night.”; “Is this actually what you do? Do you just crook your finger and people just jump in your snog box and fly away?”; “You’re talking, but all can hear is meh meh meh meh meh”?
    Muitos podem dizer que ela é metida por dizer essas coisas, mas e a Donna? Apesar das duas serem personagens totalmente diferentes, ambas são meio “arrogantes” e “impertinentes” nesse aspecto. A Clara não tem problemas de confiança como a Donna tinha, mas ela não faz isso para irritar as pessoas ou porque ela “se acha”, é parte da personalidade dela. Okay, ela não é tããão modesta assim e ela sempre quer estar no controle de tudo, mas não é por isso que deve ser considerada “metida”, ela está longe disso.

    E na verdade, eu acho que ela é uma das companions mais forte em caráter e emocional.

    Começando pela Oswin: A nave dela caiu no asilo dos Daleks e eles a converteram em um deles. Mas ao invés de se dar por vencido, como muitas pessoas fariam, ela continuou forte. Ela fez os próprios Daleks terem que chamar a ajuda do Doctor, o maior inimigo deles. Ela dizimou a fortaleza mais segura da raça guerreira mais avançada na história do universo. E se isso não fosse o suficiente, no fim ela ainda apaga a memória deles. Badass.
    E ela fez tudo isso com uma força de caráter surpreendente. Ao invés de ser convertida totalmente em um Dalek, sua mente continuou o mais sã possível. Ela se recusou a acreditar que era um Dalek, e ao invés disso, passou um ano fazendo piadas e suflês. Como disse, badass.

    Victorian Clara: Acredito eu que não precisa citar muito mais além da conversa/teste que ela teve com Vastra em “The Snowmen”. Ela queria a ajuda do Doctor, pois confiava nele. Vastra a disse que “o Doctor está acima deste mundo, e não interfere no assunto de seus habitantes.”, a disse que “ele não é sua salvação, nem sua proteção”. Ao Clara responder dizendo “Palavras”, ela mostrou que não comprava isso. Ela acreditava nele. Quando Vastra a disse que o Doctor tinha se isolado do mundo por ter seu coração partido, Clara não viu isso como uma “coisa-especial-do-Doctor”, não viu isso como “um-problema-que-aliens-tem-de-vez-em-quando”. Ela o viu como um ser humano. Por isso, respondendo “Homem”.
    Essa é uma das melhores cenas dela pois mostra a sua clareza de percepção. Ela não acredita nisso de “coisas diferentes do senhor do tempo”. Ela não vê as ações dele como se fossem parte de sua natureza “especial” ou pelo fato dele “não gostar de finais”. Clara o viu apenas como um homem de coração partido.

    Por fim, Clara Oswald: Como nós enfrentamos nossos términos nos define, em muitos aspectos, e ver como a Clara encarou sua “morte” é essencial pra entender seu personagem. Ela decidiu que sua vida não era tão importante quanto a do Doctor, que ela estava disposta a morrer pra salvá-lo, porque ela podia. Ela teve a chance de salvá-lo e aceitou. Suas vidas diferentes espalhadas por todo o espaço-tempo podem ter sido criadas, a fim de salvar o Doctor, mas esse ato não a limitou. Sua escolha de saltar no vórtice e salvar o Doctor de novo e de novo foi um ato de amor que só fez a personagem ainda maior. Ela não chorou ou hesitou, ela só o disse para fugir e se lembrar dela. Então ela foi e fez, sem nenhuma reclamação.

    Pra concluir, não teve nenhuma companion como a Clara. Seu ardor, seu espírito e sua lucidez a diferencia de todas as outras companions. Nenhuma outra companion entende o Doctor como a Clara entende.
    O Doctor precisa de uma companion que o tire dessa “mentalidade-endeusada”, que o veja primeiro como um homem e em segundo como um senhor do tempo. Ele precisa de companions que tenham fé nele como um homem e nada mais. É por isso que ele precisa tanto da Clara.

    Não vou dizer que a história da Clara seja perfeitamente escrita, que não tenha nenhum furo, que não tenha nada forçado. Mas que história escrita pelo Moffat não tem?
    Acho que o maior problema das pessoas com a Clara é o fato dela não ser a Amy. As pessoas ficaram tão apegadas com os Pond que só de aparecer um personagem diferente, eles já começaram a odiar.
    Dizer que ela “não tem nenhuma personalidade além do mistério e relação com o Doctor” é um tremendo erro. Se as pessoas tentassem rever a 7 temporada sem julgá-la, sem isso tudo de “os Ponds eram muito melhores”, conseguiriam facilmente ver que a Clara tem SIM personalidade e é uma companion tão boa como qualquer outra.
    A verdade é que se a Clara não fosse escrita de um “jeito Moffat”, ela teria muito mais reconhecimento.

    • Olá Julianne, eu adoooooooooooooooooro comentários longos! 🙂

      Então, a minha questão com a clara é que ela foi pouco aproveitada e desenvolvida. Ela tinha potencial pra fazer muita coisa legal, mas infelizmente o roteiro não colaborou.

      Meu problema com a personalidade da Clara é que é tudo muito geral. Não sabemos muito o modo dela de agir, Moffat meio que dá as coisas sem explicar. Então nós expectadores têm que preencher as lacunas da personalidade da Clara. Algumas pessoas, como você, preenchem vendo a Clara como essa pessoa corajosa e cheia de vida. Já eu não consigo ver nada. Sorry.

      A diferença entre a Donna e a Clara pra mim é simples: Donna enfrentava o Doutor porque tinha uma personalidade estourada. E ela tinha motivos pra isso, nós espectadores acreditávamos naquilo que a Donna fazia porque ela era mais que um monte de piadas. Já a Clara… bem, pra mim ela fica com esse monte de comentários engraçadinhos mas não desenvolve muito, entende? Fazer comentários engraçados é okay, mas o que ela é além disso? Ela está fazendo quê? Nós sabíamos que a Donna estava provocando o Doutor como ela provocava todo mundo, mas e a Clara? Os motivos dela nunca são explorados.

      Eu gosto da Oswin Oswald e gosto da Clara da Inglaterra Vitoriana também. Pra mim as duas são bem desenvolvidas em seus episódios e fazem sentido. Inclusive, eu ainda acho que a Clara vitoriana é que deveria ter sido companion, não a Clara moderna, mas enfim.

      Pra mim, o ato da Clara se jogar no vórtice do tempo pra salvar o Doutor foi mal explorado: o que a motivou a fazer isso? Ela e o Doutor não tinham um laço tão forte ainda… Fora que as consequências de se atirar no vórtice do tempo do Doutor nunca foram exploradas. Ela é uma companion com conhecimento quase que total da vida do Doutor: a primeira a ter tal coisa! Mas Moffat explora isso? Não, ele simplesmente deixa tudo do mesmo jeito que estava antes. Clara continua do mesmo jeito, não desenvolve.

      Não entendo como a Clara foge da mentalidade de companion que endeusa o Doutor. Pra mim, ela continua vendo ele como alguém superior.

      Você resumiu o problema: ela foi escrita de um jeito Moffat e de um jeito Moffat ruim. Ele não conseguiu explorar a personagem e fazê-la crível.

      • Bem, sobre a personalidade dela ser “geral”, eu novamente terei que discordar.
        Até porque, pra mim, personagens interessantes são aqueles que não deixam tudo claro pra você. Aqueles personagens que você tem que ler nas entrelinhas para conseguir os entender completamente. A Clara, pra mim, é exatamente assim.
        Se você ver a 7ª temporada superficialmente, entendendo tudo ao pé da letra, sem tentar entender as emoções dela, você provavelmente não verá nenhum avanço de personagem. Mas, ao você analisar mais profundamente, lendo nas entrelinhas, você consegue facilmente ver como a personagem se construiu durante a temporada.
        E eu não sei você, mas eu AMO personagens assim. Personagens onde você tem que ter uma leitura mais profunda para se compreender.

        Já o fato da Clara e da Donna, eu acredito que os motivos da Clara eram simples do mesmo jeito: era o jeito dela. Fazer comentários engraçadinhos era a maneira dela de aliviar seu medo. Por exemplo, em “Hide”, quando a Emma vai descrevê-la pro Doctor, ela diz que ela é “mais assustada do que deixa transparecer”. E eu acredito que esse é o motivo dela sempre estar fazendo as piadinhas: medo. Ela não quer deixar transparecer que no fundo é uma garota assustada, então faz piadas e insulta os outros como maneira de mostrar que ela “”não tem medo e é mais forte do que pensam””.

        Já ela ter pulado no vórtex do tempo, eu achei forçado e não achei forçado ao mesmo tempo. Foi forçado pois pela maneira que o Moffat escreveu, deixou muitos furos e coisas inexplicadas na história. Foi como se ele tivesse escrito de última hora.
        Mas não foi forçado porque apesar de se conhecerem por pouco tempo, a Clara já entendeu o quanto o Doctor ajudava a “humanidade”, coisa que ninguém fazia na mesma intensidade que ele. Ela amava o Doctor, sabia o quanto ele era especial, e estava disposta a dar a vida por ele.
        Sim, eles se conheciam por pouco tempo. Mas, se você for olhar um pouco atrás, quantas pessoas que conheceram o Doctor em apenas UM episódio e mesmo assim arriscaram sua vida por ele? Inúmeras.
        Se algumas pessoas dão sua vida pelo Doctor em tão pouco tempo, porque a Clara não poderia, já que ela teve um laço tão mais forte com ele?
        Podem ter se conhecido por pouco tempo, mas a Clara foi essencial pra ele. Ela o ajudou não só em se recuperar da morte dos Pond, mas em vários outros aspectos.

        Já sobre ela ver ele como um entidade, eu sinceramente tenho dúvidas disso. Em algumas cenas da Clara Moderna, realmente parece que ela o vê como um deus.
        Mas olhando para algumas cenas da Oswin e da Clara Vitoriana fica claro que ela o vê como um homem normal. Como eu citei, a Clara Vitoriana falando “Homem” no teste da Vastra. E o jeito em geral que a Oswin tratava o Doctor era quase idêntico ao que ela tratava o Rory.
        Portanto, tirando o exemplo desses dois ecos dela, eu diria que ela o vê como um homem MUITO ESPECIAL, porém humano.
        O que ás vezes parece se contradizer com algumas cenas da Clara Moderna, but whatever. É o Moffat que está escrevendo, né.

        Já o fato dela ter permanecido a mesma mesmo depois de sabendo tudo do Doctor, eu acho que ainda é muito cedo para se dizer isso. Se passaram o que, 3 episódios após ela descobrir a história dele? 3 episódios são muito poucos para se aprofundar mais nisso. Especialmente pro Moffat.
        E mesmo que a interação do Doctor e da Clara não mude, eu não ligaria pra isso, pois porque teria que mudar? A interação deles já é boa o bastante. Ela conhece e entende o Doctor, desde antes de saber da história dele. E não é como se ela fosse começar a o tratar como uma pessoa especial só porque agora sabe da história dele.
        A maneira que ela o trata agora já é mais que especial, ela não precisaria mudar.

        Enfim, eu acho que a Clara é uma personagem muito boa se lida nas entrelinhas. Se você analisar a história dela, ela é uma companion boa como qualquer outra.
        O problema é que o Moffat não aproveita isso. E eu espero sinceramente que ele aproveite na 8ª temporada, pois ela tem muito potencial.

        • Oi Juliana,

          Durante um tempo pensei em não responder esse comentário, porque seria repetir tudo que eu já falei antes, mas você escreveu um comentário tão grande (eu adoro comentários grandes!) que decidi ser mais interessante responder.

          Eu também espero que Moffat aproveite melhor a personagem, principalmente agora que temos um novo Doctor. Seria o momento certo pra isso.

          Eu continuo na minha posição com a Clara e mais uma vez não concordo com os seus argumentos. A questão é que você diz que eu analiso a temporada superficialmente, não prestando atenção no desenvolvimento emocional da personagem, que eu, basicamente não leio nas entrelinhas. A questão é que eu leio nas entrelinhas sim, mas de um jeito diferente de você. Você preenche as lacunas da Clara com ideias positivas, eu preencho com… bem, com quase nada, porque o roteiro não me dá muito o que preencher. Forçando um pouco posso dizer que a Clara é certamente alguém que gosta de crianças, que gosta de cuidar (vide suas profissões anteriores) e que sua relação com o Doctor pode ser lida assim. Mais que isso é usar a imaginação. Não temos informações. Então como eu disse, preenchemos com o quisermos.

          Eu não vejo desenvolvimento emocional da personagem em praticamente nenhum episódio, exceto, talvez no episódio da Clara da era vitoriana. Esse desenvolvimento que você vê é algo que você criou e não há nada de errado nisso, aliás, é uma prática que todos fazemos. O que estou argumentando aqui é que a própria série não desenvolve Clara. O que é uma pena.

  5. Realmente uma série fodasticas,gosto dos pounds,mas sempre chipei a Amy e o Doutor pq eles sempre tiveram uma ligação tão boa e intensa que parecia ser até real e que daria algo,a forma como eles se olhavam e tals(ótimos atores né :v ), mas depois que vi que não teria jeito,bom passei a chippar ele é a rivver mesmo já que ambos eram literalmente um casal,e eram hiper fofos

  6. Ok. Só duas. Como você consegue odiar Rose Tyler, trabalhada em duas temporadas e mais, e gostar de River Song, praticamente jogada goela abaixo com tudo sendo dado em apenas dois episódios e com a história mais mal contada de todas? River Song é a personagem mais Mary Sue da história de Doctor Who, e olha que estou vendo todo o clássico Who e ainda não vi personagem mais fraco.
    E sobre a Clara… você assistiu errado. Assista de novo.

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